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Plantio direto na palha ocupa mais de 40% da área agrícola brasileira

De acordo com a Federação Brasileira de Plantio Direito na Palha, o plantio direto na palha está ocupando cerca de 41% dos 46,6 milhões de hectares ocupados pela atividade agrícola no país, principalmente com as culturas de soja, milho, algodão e feijão. Este volume representa aproximadamente, 20 milhões de hectares das lavouras comerciais brasileiras de grãos.

A Federação esteve com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, para pedir apoio ao estímulo do emprego desse modelo de produção na agricultura nacional e propor a criação de um prêmio de qualidade agrícola, com ênfase no rastreamento e certificação do produto.

O plantio direto consiste em plantar sem revolvimento do solo por arado ou grade, não permitindo a erosão e mantendo os nutrientes na terra, inclusive os originários de restos de culturas anteriores.

A palha sobre a superfície protege o solo contra o impacto das gotas de chuva, possibilitando maior infiltração de água e menor arraste de terra.

Segundo o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), essa técnica – adequada aos pequenos e médios produtores e à agricultura familiar – reduz em até 90% as perdas de terra e em até 70% a enxurrada.

“O plantio direto na malha reduz em quase 10% do custo de produção”, destaca o presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha, Ivo Mello. “Nesse modelo de produção, há uma diminuição do uso de defensivos agrícolas, de aviões agrícolas e de mão-de-obra.” De acordo com o dirigente da entidade – produtor em Alegrete (RS) -, esse modelo preconiza o máximo de eficiência com o mínimo de interferência no ambiente. “O sistema de plantio direto na palha é a melhor forma de agricultura sustentável”, defende. “Essa técnica de plantio tem enormes benefícios ambientais”.

Hoje, o plantio direto da palha é empregado no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Minas Gerais, entre outros estados.

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