O condomínio dos canaviais dos produtores vinculados à Coaf, que gere a antiga usina Cruangi em Timbaúba/PE, começa a passar por mudanças no cultivo para atender novos padrões econômico e ambiental.
O engenheiro agrônomo da entidade, Geraldo Barros, apresentou os detalhes técnicos do replantio da cana através do sistema de baixa densidade em uma palestra na Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP) nesta segunda-feira (13).
O modelo reduz os custos, o uso de máquinas, a utilização de óleo diesel e os insumos. Além disso, o agricultor também utiliza menos sementes e produz mais cana por safra.
“A economia é 5,5 a 6,5 toneladas/hectares (ton/ha) semente no semeio e de 0,5 a 2 ton/ha plantado de descarte”, informa o engenheiro.
Ele explica ainda que, quanto ao aumento de produção é de 6,5 a 8 por hectares tonelada a mais de cana para moagem.
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Segundo Barros, os benefícios são diversos.
“Não por acaso que o conceito adotado para plantio de cana de baixa densidade é economia de semente, mais cana para moer, menos máquina, menor consumo de diesel, menor replanta, menor entrada de máquinas e possibilidade de retirada anual de semente”, explicou.
De acordo com estudo feito pelo Departamento Técnico da AFCP, em comparação a custos operacionais para renovação do canavial pelo sistema convencional, o de baixa densidade levou vantagens nos diversos itens analisados para o replantio, como no plantio (-1,9%) e insumos utilizados (-18,2).
Ainda ganha pelo uso menor de mudas, uma economia de 9,9%.
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“Em suma, o estudo aponta uma produção 20,2% mais barata. O replantio de uma tonelada sai por R$ 5.942,29 pelo plantio de baixa densidade de mudas, enquanto que o convencional fica por R$ 6.625,35”, conta Virgílio Pacífico, que é produtor de cana, diretor da AFCP e autor desse estudo.