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Plano do álcool não é sustentável

A Federação Nacional de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), representante dos postos, contestou ontem a sustentabilidade do programa brasileiro de álcool combustível, apesar dos seus 30 anos de existência. Em encontro realizado em São Paulo, diretores da entidade afirmaram que o biocombustível só é mais barato na bomba por causa da carga tributária. Caso contrário, seu preço seria superior ao da gasolina. O programa é bom. Mas, se perguntarem se é auto-sustentável, digo que não. Sempre foi uma mentira, sempre falamos que o preço do álcool é mais caro que o da gasolina, afirmou o diretor-técnico da Fecombustíveis, Aldo Guarda, ressaltando que a federação não é contra o programa de álcool.

De acordo com apresentação feita pela entidade, a gasolina A (antes da mistura com o álcool) vendida pela Petrobrás custa R$ 1,0036 o litro em São Paulo, ante R$ 1,18 do hidratado. Com os impostos, o preço da gasolina A faturada pela estatal sai por R$ 2,3505 e o hidratado, por R$ 1,81. Uma das diferenças é que, na gasolina, há a cobrança da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), de R$ 0,5416 por litro.

Na avaliação do presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, a declaração da entidade não tem substância. Segundo ele, o álcool sempre será mais competitivo que o preço da gasolina acima dos US$ 40 o barril. Desde a criação do Proálcool, há mais de 30 anos, o custo de produção do combustível caiu 80%, argumentou.

Além disso, Carvalho afirmou que há várias razões para uma carga tributária menor.

Uma delas é o apelo ambiental, já que se trata de um combustível limpo, que reduz as emissões de CO2. Sem contar que o álcool é um instrumento de desenvolvimento do País, já que o setor é um grande criador de empregos.

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