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Plano de agroenergia aponta alternativas regionais para o biodiesel

O Plano Nacional de Agroenergia, lançado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, na sexta-feira, 14 de outubro, na Esalq/USP, em Piracicaba, SP, leva em conta as potencialidades regionais para estabelecer uma série de diretrizes e ações para o programa de produção e uso de biodiesel no Brasil. O desafio é criar condições para o aproveitamento das culturas já tradicionais, como a soja, o amendoim, o girassol, a mamona, o dendê, e também para as novas alternativas, como o nabo forrageiro, o pinhão manso, o pequi, o buriti e uma grande variedade de oleaginosas que ainda podem ser exploradas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – que elaborou o plano de agroenergia – assume, no entanto, uma postura cautelosa em relação às novas opções devido à inexistência de plantio comerciais que possibilitem uma análise precisa do potencial dessas plantas. Entre as culturas tradicionais, a Embrapa destaca a soja – cujo óleo representa 90% da produção brasileira de óleos vegetais -, o dendê, o coco e o girassol por causa do rendimento do óleo e a mamona pela resistência à seca.

Para o Centro-Sul, além de considerar as potencialidades da soja, apesar das atuais restrições devido a fatores econômicos, a Embrapa inclui, como alternativas para a produção do biodiesel, o amendoim, o girassol e a mamona que tem experiências bem-sucedidas no Mato Grosso. Em função da conotação social do programa, na região Nordeste, a prioridade é alavancar a produção de mamona. Outras opções para a região são o babaçu e a soja cultivada no Oeste Baiano e no sul do Piauí e do Maranhão. A Embrapa recomenda, para a Região Norte, o incentivo ao cultivo da palma africana e do dendê, além do aproveitamento da grande variedade de espécies nativas a partir da organização produtiva das comunidades locais.

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