Após recuar em 2022, o PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tem apresentado modesta recuperação em 2023. No segundo trimestre deste ano, o avanço foi de 0,27%, levando o acumulado anual para 0,50%.
Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que, com base nesse desempenho parcial, o PIB do setor pode alcançar R$ 2,63 trilhões em 2023. Considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo, até o momento, o agronegócio pode responder por 24,4% do PIB do país em 2023.
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Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o resultado do agronegócio, ainda que modesto, foi sustentado sobretudo pelo desempenho de safra recorde no campo e pelo crescimento da produção pecuária, o que, por sua vez, implica em aumento da demanda para os segmentos a montante (insumos) e a jusante (agrosserviços).
Por outro lado, o desempenho não foi melhor devido ao recuo importante dos preços, observado em todos os segmentos. No campo, as cotações de importantes culturas caíram, como algodão, café, milho, soja, trigo, tomate e cana-de-açúcar; além do boi gordo e do frango vivo. Já nas agroindústrias, os preços caíram para os biocombustíveis, para os produtos de madeira, para os óleos vegetais e para a indústria do café, no ramo agrícola, e para a indústria do abate no ramo pecuário.