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Peugeot lançará 1.4 flex com preço de 1.0

A Peugeot, primeira entre as montadoras a desistir de produzir carros com motor 1.0, adotará importante estratégia para evitar a fuga de consumidores.

A montadora vai iniciar em janeiro as vendas do 206 com 1.4 flexível (utiliza álcool ou gasolina) pelo mesmo preço da versão popular a gasolina que está saindo de linha.

O novo produto chegará às lojas em meados do próximo mês ao preço de R$ 25.990 na versão mais barata. Vamos oferecer um carro com 12 cavalos a mais de potência, com torque maior e mais econômico, com o mesmo preço da versão anterior, de motor 1.0, diz o presidente da Peugeot do Brasil, Bruno Grundeler. A campanha de marketing do lançamento, que vai explorar essa oferta, irá ao ar no dia 12 de janeiro. Não percebemos mais vantagens em manter o motor 1.0, afirma o executivo, mesmo com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor para essa categoria, chamada de popular, que recolhe 9%. Desde 2002, quando o governo aproximou as faixas do imposto reduzindo a alíquota de modelos com motores de maior potência para 15%, a participação dos populares baixou de 70% para 56% das vendas de automóveis.

O executivo defende a unificação da alíquota de IPI para todos os modelos em 9%, proposta que vai levar ao governo.

Mesmo com representatividade em mais da metade das vendas, a Peugeot não teme perder mercado ao sair do segmento popular. Vamos oferecer pelo mesmo preço um carro melhor, justifica Grundeler. Este ano, a marca vendeu 8 mil unidades do 206 1.0 a gasolina, volume que ele acredita passará para a casa de 10 mil unidades com a versão flex mais potente. Segundo Grundeler, toda a família de modelos 206, incluindo a perua SW, passa a ter motor flexível nas versões 1.4 e 1.6.

Enquanto o mercado total de veículos deve crescer 7%, as vendas da Peugeot aumentaram 26,5%. Saltaram de 42.701 unidades em 2004 para 53,5 mil este ano. Para 2006, quando a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê repetir o desempenho de 7% no setor como um todo, a montadora carioca projeta incremento de 15%, para 61,5 mil automóveis e comerciais leves.

A Peugeot encerra o ano com 3,3% de participação no mercado de veículos, o que a coloca como sétima montadora no ranking, atrás das quatro grandes – Fiat, Volkswagen, GM e Ford – e das japonesas Toyota e Honda. Entre as francesas, grupo formado também por Citröen e Renault, está na melhor colocação. Em 2006, a projeção é de conquistar fatia de 3,6% do mercado. A fábrica da marca conjunta com a Citroën foi inaugurada em 2001 em Porto Real (RJ).

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