Mercado

Petróleo salta mais uma vez e ultrapassa preço recorde de 1990

O preço do petróleo comercializado em Nova York ultrapassou mais uma vez a barreira dos US$ 38 nesta sexta-feira, maior do que o recorde registrado há 13 anos, durante a Guerra do Golfo.

Desta vez, o barril do petróleo foi comercializado por US$ 38,30, US$ 0,10 acima do registrado na quarta-feira, quando o preço já havia ultrapassado a marca histórica de 1990.

A queda dos estoques de gasolina nos EUA e o receio de novos atentados terroristas após os ataques de 11 de março em Madri são as causas da forte alta enfrentada no mercado de petróleo na última semana.

Em Londres, o petróleo tipo brent também sobe US$ 0,12 e custa US$ 33,25 o barril.

O mercado financeiro mundial está bastante suscetível aos rumores de atentados depois dos ataques que mataram 202 pessoas em Madri na semana passada e foram creditados à rede terrorista Al Qaeda.

Nesta sexta-feira, o mercado acompanha as investigações sobre supostas bombas em escolas de Washington. Além disso, desde ontem os operadores aguardam o desfecho da ação paquistanesa na fronteira do Afeganistão. Há rumores, negados pela Casa Branca, de que tropas paquistanesas estariam cercando o “número 2” da Al Qaeda.

O receio de novos atentados na Europa e nos EUA puxa a troca dos investidores por ações e dólares para petróleo e ouro, um mercado com menos riscos durante crises.

Os preços do petróleo tipo light, que é comercializado em Nova York, saltou mais de 4% nesta semana e atingiu a média de US$ 35 o barril em 2004, bem acima da média de 2003, que ficou em US$ 31, O ano passado já havia registrado a maior média do ano nas últimas duas décadas.

Além disso, o crescimento da economia chinesa também pressiona os preços do petróleo pela alta demanda. Nos EUA, a demanda pela gasolina aumenta historicamente 5% no verão, que se aproxima no hemisfério Norte. Com os estoques 5% abaixo da média, o mercado espera um colapso no fornecimento de gasolina daqui a alguns meses.

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