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Petróleo, açúcar, níquel e zinco puxam queda das commodities nas bolsas

O petróleo, o níquel, o zinco e o açúcar puxaram ontem, dia 5, a queda mundial das commodities, num momento em que a retração significativa dos preços das ações intensificou o receio de que a desaceleração da expansão das economias norte-americana e chinesa vai reduzir a demanda por matérias-primas, segundo as agências internacionais.

O petróleo caiu mais de 3% em Nova York, o níquel perdeu 5,1% de seu valor, na maior retração do último período de quase dois meses, o zinco recuou 2,7% e o açúcar declinou 1,9%, à medida que os preços das commodities caíram pelo quinto dia consecutivo.

A depreciação dos preços das ações mundiais estimulou os investidores a reduzir suas apostas nas matérias-primas, que subiram para patamares recorde em maio de 2006, antes de encerrar com queda o ano passado. As ações perderam US$ 1,5 trilhão em valor, mundialmente, na semana passada. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse ontem que o país vai tomar medidas para coibir os investimentos e os empréstimos para impedir que a economia da China, uma das principais e a que mais cresce no mundo, entre em superaquecimento.

“Esse choque que experimentamos uma semana atrás na China abriu o vespeiro”, disse Sean Corrigan, estrategista-chefe de investimentos da Diapason Commodities Management de Lausanne, na Suíça, em entrevista concedida ontem às agências de notícias. “O risco, naturalmente, é que a situação do próprio mercado financeiro se reflita sobre a economia real e, sem dúvida, as commodities estão vulneráveis a uma desaceleração.”

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