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Petrobras vai exportar álcool para Venezuela

A Petrobras vai assinar um contrato de longo prazo com a estatal venezuelana de petróleo, PDVSA, para o fornecimento de álcool combustível ao país vizinho. A informação foi dada ontem pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Os volumes de álcool envolvidos não foram revelados, mas a transação terá impacto nas exportações da companhia já a partir de 2007. A expectativa é de que o acordo esteja fechado em dois meses.

As exportações de álcool da Petrobras devem somar 250 milhões de litros este ano, volume mais de cinco vezes superior aos 40 milhões de litros embarcados pela estatal em 2005. A Venezuela e a Nigéria são os destinos dos embarques previstos, mas a estatal não descarta exportar álcool também para os EUA ainda este ano.

Costa lembrou que a Petrobras mantém entendimentos com o Japão, que estuda a possibilidade de adicionar 10% de álcool à gasolina. O projeto japonês, se levado adiante, implicará numa demanda adicional de 6,5 bilhões de litros anuais.

As exportações totais de álcool brasileiro em 2005 somaram 2,5 bilhões de litros.

— Para atendermos a demanda, teremos de dobrar a produção nacional (que em 2005 foi de 15 bilhões de litros de álcool) — disse.

Tornar-se um exportador de grande porte de álcool é uma das prioridades do novo plano de negócios da Petrobras, que projeta embarcar 3,5 bilhões de litros do produto até 2011.

Empresa negocia com índios na Bolívia

Costa disse que um representante da estatal está participando diretamente das negociações com os índios guarani bolivianos, que ocuparam uma estação do gasoduto que abastece o Brasil. Os índios exigem a aceleração de investimentos combinados com a Transierra — empresa que opera o gasoduto e que, além da Petrobras, é controlada pela Total/Elf e pela Andina.

A afirmação de Costa contraria versão dada na segunda-feira pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, segundo o qual caberia ao governo boliviano buscar um entendimento com os índios.

— O governo boliviano atuará apenas como um agente facilitador das negociações — esclareceu Costa.

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