JornalCana

Petrobras terá de elevar o preço da gasolina, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a Petrobras terá de elevar o preço da gasolina em algum momento. “Aí sim precisaremos interferir na Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico] de combustíveis, mas isso é um problema para o futuro”, disse ele, ao ser questionado por parlamentares sobre os altos preços dos combustíveis no País.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega argumentou que a estatal de petróleo tem segurado o preço do combustível nas refinarias, mas a influência da alta do etanol tem elevado o preço da gasolina nos postos. O ministro voltou a dizer que os preços do álcool devem cair a partir de maio, com a intensificação da colheita da cana-de-açúcar. “A boa notícia é que safra já esta sendo colhida, apesar das chuvas, e devemos ter redução de preços a partir de maio”, afirmou.

Segundo ele, o etanol sazonalmente apresenta pre ços mais elevados em abril, no período da entressafra, mas em 2011 também foi afetado pelo preço mais favorável do açúcar no mercado internacional. “É verdade que consumo de etanol aumentou nos últimos anos, mas também aumentou o preço do açúcar. É uma regra de mercado, o preço do açúcar é mais conveniente e houve certo desvio na produção”, admitiu.

Ele destacou que o governo está a trabalhar para regulamentação desse mercado, inclusive estabelecendo o etanol como combustível, via Medida Provisória.

Mesmo assim, o ministro afirmou que a inflação está sob controle “Mesmo em 2011, a inflação não vai fugir do controle”, disse, na audiência no Senado. O ministro afirmou que a taxa de inflação pode chegar ao teto de 6,5% da meta. “Mas não acredito”, acrescentou. Segundo ele, a inflação deve ficar perto da taxa de 2010, que foi de 5,9%. Também ontem, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, voltou a reafirmar a política da empresa de não repassar para a gasolina e para o diesel a volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional. Segundo ele, há muita volatilidade no preço atual do barril e ainda é impossível prever quanto tempo os movimentos que estão influenciando o preço deverão perdurar.

“Não sabemos se é uma questão sazonal por conta da economia americana, ou por conta dos conflitos no oriente”, disse, ao lembrar que a companhia só fará ajustes em seu preços internos quando “tivermos um visão de longo prazo de que a situação estiver melhor definida”.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram