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Petrobras realiza estudo ambiental para construção de complexo petroquímico no Rio

A Petrobras deve iniciar em outubro o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) para solicitar a licença para a instalação de seu Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a estatal aprovou, em sua reunião de diretoria na semana passada, o projeto conceitual para a instalação da unidade e agora deve partir para um maior detalhamento nestes estudos.

Até o final do ano, segundo ele, será definida a participação societária, que hoje conta com o Grupo Ultra e o BNDES, além da Petrobras. “Estamos sendo procurados por vários grupos empresariais estrangeiros e nacionais, que podem vir a integrar o empreendimento tanto na primeira, quanto na segunda geração”, afirmou, sem querer comentar nomes de possíveis parceiros. No mercado, entretanto, vem se comentando a possibilidade de o grupo Dow Chemical ser um destes sócios.

O Comperj é um empreendimento que deve receber investimentos de US$ 3,5 bilhões na primeira geração e outros US$ 3 bilhões na segunda geração. A unidade vai processar óleo do campo de Marlim, na Bacia de Campos e começará a produzir a partir de 2012. Ainda segundo o diretor, a outra refinaria que a Petrobras vai construir nos próximos anos, em parceria com a PDVSA, está entrando em seu “projeto conceitual”.

“Pelo menos três quartos da área em que a refinaria estará instalada no Porto de Suape já foram desapropriados pelo governo de Pernambuco e repassados para a Petrobras. Já o um quarto restante hoje é ocupado por canaviais e em breve também será desapropriado pelo governo”, disse. Em relação à terceira refinaria projetada pela estatal para entrar em operação em 2014, Paulo Roberto Costa se esquivou de dar maiores detalhes. “Será um megaprojeto para a maior refinaria da Petrobras, mas o detalhamento e a escolha do local só serão feitos a partir de 2009 ou 2010”, comentou.

Álcool

Costa rebateu as afirmações de usineiros de que a estatal poderia dominar o mercado de álcool no futuro. “A Petrobras não quer ter o monopólio desta área, mas somente atuar como um player voltado principalmente para a logística deste negócio. Não queremos entrar na produção, mas sim possibilitar a infra-estrutura para que o plantio aumente e novas usinas sejam instaladas no país”, afirmou ele, que participou nesta terça-feira do evento Rio Oil & Gás.

Para sustentar sua afirmação, o diretor lembrou que, no ano passado, enquanto o Brasil exportou 2,5 bilhões de litros de álcool, a Petrobras embarcou para o Exterior apenas duas cargas para a Venezuela, num total de 40 milhões de litros. “Claro que pretendemos aumentar esta base de exportação, mas as oportunidade de expansão neste mercado lá fora vão muito além do que a Petrobras tem intenção de cobrir”, disse ele, citando como exemplo o fato de que apenas o Japão poderá importar em torno de 7 bilhões de litros de álcool por ano, a partir do momento em que começar a adicionar o etanol ao seu combustível.

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