Mercado

Petrobras quer fortalecer produção de biodisel no País

Sérgio Gabrielli disse que é muito importante investir no combustível alternativo. “O mercado está muito volátil, mas uma vez que ele se estabilize, nós vamos ter de ajustar o preço doméstico”, disse ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, durante a assinatura de um protocolo com o governo estadual para a produção de biodiesel no estado da Bahia. “Nossos lucros continuam robustos, mas temos de analisar o mercado do ponto de vista da continuidade da capacidade de produzir”, acrescentou o executivo.

Sobre a possibilidade de sofrer pressões políticas em função de um ano eleitoral para manter os preços sem reajuste, Gabrielli afirmou que a perspectiva de crescimento ou não do País afeta o mercado de petróleo. “Se o mercado local tem problemas, isto afeta quem está produzindo. Nossa principal fonte de receita é o mercado interno, não é a exportação”.

Com relação ao biodiesel, o presidente da Petrobras destacou que diante da produção insuficiente de óleo diesel no País é imprescindível o investimento no combustível alternativo. Ontem ele firmou um acordo com o governador Paulo Souto para o início dos estudos de viabilidade de produção de oleaginosas e a instalação de uma usina de produção de biodiesel no estado. O laudo técnico deve ser concluído em seis meses.

Segundo o gerente de energias renováveis da Petrobras, José Carlos Miragaya, o estudo a ser realizado vai determinar o tamanho da planta e qual a oleaginosa a ser utilizada. “Não existe oleaginosa mais adequada ou menos adequada para a implantação de um programa de biodiesel”, disse. De acordo com Miragaia, a depender da região e de seu índice pluviométrico, será estimulado o cultivo da mamona e do pinhão manso, em regiões secas, ou do dendê, em regiões que precisam de chuva.

Prazo para produção

A expectativa é que, após o levantamento, a usina seja implantada num prazo de 18 meses. “Possivelmente será uma usina de médio porte, com capacidade entre 30 e 50 mil toneladas/ano (a ser determinada pelos estudos) e com localização estratégica de transporte da matéria e escoamento da produção”, disse.

Para o governador Paulo Souto (PFL), as ações do estado já estão alavancando o setor, com a confirmação de implantação de outras três outras indústrias no estado. “Em um ano, além da indústria francesa Dagris deve estimular o reaproveitamento da semente de algodão”, anunciou.

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