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Petrobras pode subir gasolina se petróleo mantiver alta

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, sinalizou nesta quarta-feira que a gasolina e demais derivados do petróleo poderão ser reajustados se o atual preço no mercado internacional se mantiver em alta e estabilizado. “Não está claro, no entanto, se o atual patamar (internacional) será mantido”, esclareceu o executivo, após participar de reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Gabrielli destacou que, a despeito da pressão das cotações internacionais do petróleo, a gasolina pura da Petrobras (gasolina A) tem preços inalterados desde maio de 2009, ao redor de R$ 1 o litro. “Já a gasolina que chega ao consumidor tem outro preço, pois envolve o distribuidor, o álcool, os impostos estaduais”, destacou.

A Petrobras anunciou recentemente a importação de gasolina para atender a demanda interna. O volume deverá ser ofertado a partir da segunda quinzena deste mês. Após esse prazo, deverá haver uma análise em relação à condição do mercado interno. “Se a demanda continuar crescendo, já estamos no limite da capacidade de produção e precisaremos importar”, afirmou. Isso poderá não acontecer caso o preço do etanol caia nas próximas semanas e, dessa forma, o consumidor volte a ampliar as compras de etanol.

ANP

Gabrielli afirmou que a possibilidade de que o mercado de etanol passe a ser fiscalizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) teria como principal finalidade regular a estabilidade do fornecimento. A possível mudança não teria qualquer objetivo de contribuir para a queda dos preços, na visão do executivo. “O preço reflete a situação de oferta e demanda. (A medida) é muito mais para regular a estabilidade do fornecimento e minimizar o impacto de variações inesperadas de preço”, disse.

Segundo Gabrielli, a possibilidade de q ue o etanol seja considerado um combustível, e não um produto agrícola, é uma discussão antiga e resultaria em uma série de mudanças na estrutura da cadeia. “São regulações distintas. Com isso (as mudanças), você tem uma série de exigências de garantia de suprimento, de gestão de estoque, de qualidade de produto, de logística, que são reguladas de formas distintas do que é a regulação sobre um produto agrícola”, disse.

Questionado se concorda com a possibilidade de o mercado do etanol ser regulado pela ANP, confirmada hoje pela agência, Gabrielli destacou a importância do combustível no mercado nacional, onde o etanol concorre com a gasolina. “Em 2010, 51% do combustível fornecido para os veículos leves no Brasil foi etanol. Portanto, é um combustível importante no Brasil”, desconversou.

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