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Petrobras negocia contratos de álcool com usineiros para exportação, mas nega monopólio

A Petrobras está negociando com empresários brasileiros do setor sucroalcooleiro contratos de compra e venda do produto para posterior exportação. A estatal pretende construir um corredor de exportação de álcool, por meio de dutos, ligando as áreas produtoras do Centro-Oeste e Sudeste até o terminal de São Sebastião (RJ). De acordo com o diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, entretanto, o projeto de construção da infra-estrutura de transporte para exportação do álcool (estimado em US$ 600 milhões) só será viabilizado se a venda e a compra do produto estiverem asseguradas.

Ele explicou ainda que os contratos de compra e venda deverão ser de longo prazo e que a idéia é garantir uma compra para que eles possam construir grandes plantas para processar a cana-de-açúcar.

Costa descartou a possibilidade de a estatal se tornar monopolista na comercialização de álcool no país, a partir deste projeto. “O mercado de álcool no futuro é tão grande e promissor que vai ter espaço para todo mundo. Não queremos ser dominantes, não vai ser monopólio”, disse Costa. Ele acrescentou que, no ano passado, o Brasil exportou 2,5 bilhões de litros, enquanto a Petrobras vendeu apenas 40 milhões de litros para a Venezuela.

Costa acrescentou que o mercado está “ávido” por aumentar participação de biocombustíveis nas suas matrizes energéticas”, especialmente os países da Ásia.

Atualmente, o Japão é o alvo da Petrobras, diante da possibilidade do país asiático adotar a mistura de álcool na gasolina. Se o percentual for de cerca de 7%, isso significará aproximadamente 7 bilhões de litros ao ano.

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