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Petrobras compra refinaria no Japão

De olho na ampliação de seus negócios no mercado asiático, a Petrobras anunciou ontem ter fechado a compra do controle da Nansei Sekiyu (refinaria e terminal), em Okinawa, no Japão.

Por US$ 50 milhões, a estatal adquiriu 87,5% de participação acionária da empresa que pertencia à TonenGeneral, subsidiária da Exxon Mobil no Japão. Esta é a segunda refinaria que a Petrobras compra no exterior, onde atua nas atividades de exploração e produção de petróleo em 27 países.

O outro sócio na Nansei Sekiyu é a Sumitomo Corporation, que permanecerá com 12,5% da empresa, em sociedade com a estatal.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, explicou que a nova aquisição no exterior tem dois objetivos principais. O primeiro deles é permitir que a empresa se torne uma forte exportadora dos derivados, que serão produzidos na refinaria de Nansei Sekiyu. O diretor destacou que os planos futuros são de processar nessa refinaria o petróleo que será produzido no campo gigante de Tupi, descoberto no fim do ano passado abaixo da camada de sal na Bacia de Santos.

— Não queremos ser apenas exportadores de petróleo cru, mas sim um importante exportador de derivados de maior valor agregado — disse Costa.

O outro objetivo da aquisição é utilizar o terminal que a refinaria possui para as exportações futuras de álcool e biocombustíveis para o Japão, além de outros mercados asiáticos, como a China.

Primeira compra no exterior foi nos EUA

De acordo com Costa, o terminal permitirá a chegada de navios de grande porte carregados com álcool e outros biocombustíveis, que serão transferidos para navios de menor porte.

— Já exportamos derivados para o Japão e queremos incrementar.

Além disso, vamos ter uma tancagem importante para as futuras exportações de álcool — disse.

A Nansei Sekiyu possui uma refinaria com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo leve por dia e produz derivados de alta qualidade, nos padrões do mercado japonês. A empresa possui também um terminal de petróleo e derivados com capacidade para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três píeres com potencial para receber navios de grande porte e uma monobóia.

Com a entrada da Petrobras, a Exxon Mobil sai desse empreendimento no Japão. Recentemente, a estatal brasileira apresentou proposta à Exxon para a compra de sua rede de postos Esso no Brasil e no Chile.

A primeira refinaria que a Petrobras comprou no exterior foi a de Pasadena, no estado americano do Texas, em 2006. A companhia ficou com 50% do controle da refinaria, com o objetivo de processar o petróleo pesado produzido no Brasil.

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