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Petrobras aprova plano para entrada da BR Distribuidora na bolsa

O conselho da Petrobras aprovou um plano para pedir a permissão para listar a BR Distribuidora, a unidade de distribuição de combustíveis da estatal, na Bolsa de Valores de São Paulo.

foto_21122014120019Em fato relevante divulgado na madrugada desta sexta-feira (7), a companhia disse que a execução da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora dependerá das condições nos mercados doméstico e global. A Petrobras buscará todas as autorizações necessárias junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros órgãos reguladores.

A abertura de capital é uma maneira de captar recursos no mercado privado. Esses recursos podem ser utilizados para investimentos da empresa.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, falou, com exclusividade para Miriam Leitão, no início de julho, sobre o lançamento de estudos para a abertura de capital da BR Distribuidora. Ele disse que, a depender dos estudos, a companhia poderá abrir até 25% do capital. E, se possível, ser até mais ousada.

“Nós estamos iniciando estudos com amplo debate com apoio de alguns advisors de achar uma melhor solução para a abertura desse mercado da BR Distribuidora. Nós podemos partir para simplesmente um IPO regular, como também temos outras alternativas, com buscas de sócio-estratégico. O que a gente está buscando é, com a vinda de sócios, com a abertura de capital disso, dar uma melhor governança pra companhia. A gente entende que é um ativo de extrema relevância, um ativo que eu acho que o mercado tem um grande interesse e a gente pode deixar a companhia numa situação muito melhor num modelo de gestão de melhor governança e aderindo a um novo mercado”, afirmou Bendine.

Fontes disseram à agência Reuters no mês passado que a Petrobras contratou as unidades de banco de investimento do Citigroup, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e BTG Pactual para conduzirem o IPO da BR Distribuidora.
Balanço

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 531 milhões no segundo trimestre de 2015, resultado quase 90% menor que no mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 4,959 bilhões.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado e é o pior para um segundo trimestre desde 2012, quando a estatal teve prejuízo de R$ 1,3 trilhão, segundo levantamento da Economática ao G1. Uma projeção com cinco analistas ouvidos pela Reuters esperava lucro de R$ 5,14 bilhões no período.
Novo plano de negócios

A Petrobras vai investir menos nos próximos anos. O Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 prevê US$ 130,3 bilhões em investimentos – uma redução de 37% na comparação com o plano anterior, de 2014 a 2018.

O novo Plano de Negócio foi aprovado na sexta-feira (26) pelo Conselho de Administração da estatal. A companhia informou que o plano tem como “objetivos fundamentais a desalavancagem da companhia e a geração de valor para os acionistas”. Recentemente, a estatal divulgou que teve o primeiro prejuízo desde 1991. As perdas com esquema de corrupção, que é investigado pela Operação Lava Jato, chegaram a R$ 6,194 bilhões no ano passado.

Para melhorar a situação das contas, além de reduzir investimentos, a empresa também pretende vender bens e outros ativos – é o chamado desinvestimento. O montante de venda previsto para este e o próximo ano soma US$ 15,1 bilhões.

A BR Distribuidora, criada em 1971, tem atualmente uma rede de 7,5 mil postos de serviços em todos os estados e abastece também 10 mil grandes clientes entre indústrias, termelétricas, companhias de aviação e frotas de veículos, segundo informações do site da empresa.
Outra medida de de investimento

A Petrobras também informou nesta quarta a venda à PetroRio (ex-HRT) de sua participação de 20% nas concessões dos campos de Bijupirá e Salema, atualmente operados pela Shell, por US$ 25 milhões como parte do Plano de Desinvestimento da estatal.

Os campos estão localizados na Bacia de Campos, em lâminas d´água variando de 480 metros a 850 metros, e têm produção diária média de 22 mil barris de óleo e de 325 mil metros cúbicos de gás associado. O óleo extraído é do tipo leve de 28 graus a 31 graus API.

Segundo a Petrobras, a operação está relacionada à otimização do portfólio na área de Exploração e Produção e alinhada ao Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

A Petrobras informou ainda que a conclusão da transação está sujeita à aprovação da cessão de direitos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

(Fonte: G1)

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