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Pesquisas aprovam adição de até 5% de biodiesel

Brasília, Pesquisas realizadas com motores de ciclo diesel demonstraram que misturas até 5% de biodiesel funcionam praticamente como um aditivo ao combustível mineral e não comprometem a eficiência e a durabilidade do motor. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reconheceu o resultado das pesquisas e informou que manterá a garantia para os motores abastecidos com a mistura, que começará em 2%, com a perspectiva de chegar a 5% em 2010.

O Brasil demorou para adotar o biodiesel, mas o caminho para a utilização e até mesmo para a exportação deste combustível continua aberto. Nos Estados Unidos e em vários países europeus já estão sendo testadas e utilizadas misturas de até 30% de biodiesel ao diesel. A Alemanha mostrou interesse de importar o combustível brasileiro e a Áustria, por exemplo, mantém um grande programa de coleta de óleo residual (já utilizado em frituras) para a produção de biodiesel.

Nesses países, o diesel com mistura de até 5% é considerado combustível aditivado, e seu uso não exige qualquer modificação no motor. Acima dessa proporção, é preciso substituir as borrachas do sistema de abastecimento e adequar alguns componentes do motor.

Além da definição do modelo tributário para o novo combustível, o programa aguarda a divulgação do marco regulatório do biodiesel para que ele seja uma realidade no Brasil. O documento, que deve ser concluído no final de novembro, estabelecerá os requisitos técnicos e os parâmetros de controle de qualidade do biodiesel produzido no país.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário estima que na primeira etapa do programa, o plantio de oleaginosas em grande escala para a produção de biodiesel poderá garantir uma renda mínima de R$ 300 mensais para cerca de 250 mil famílias de pequenos agricultores. A principio, serão necessários três milhões de hectares plantados exclusivamente para atender o programa.

O Ministério da Ciência e Tecnologia vai criar a Rede Brasileira de Biodiesel, que reunirá vários laboratórios para o monitoramento permanente da qualidade do combustível. O MCT também estuda a alocação de recursos dos Fundos Setoriais para a consolidação de parcerias com governos estaduais, visando ao desenvolvimento das diversas etapas do programa

(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 11)(Agência Brasil)

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