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Pesquisa pretende criar complexo de produção de cana no RS

Os desafios do clima para cultura canavieira no Rio Grande do Sul poderão ser superados graças as pesquisas realizadas pela Embrapa Clima Temperado com materiais genéticos resistentes ao frio e à seca.

O objetivo do projeto “Desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar para o Rio Grande do Sul – foco na produção de álcool”, é criar todo um complexo para a produção da cana no Rio Grande do Sul, com as produtividades médias similares a de estados como São Paulo e Paraná. O sistema oferecerá aos agricultores e indústria materiais genéticos adaptados, formas de manejo do solo e da planta e uma logística de cultivo e distribuição.

Até o final de 2012, a meta é ter um sistema preliminar de produção e para este ano, é aguardada a recomendação técnica de cultivares para o estado.

Na prática, os pesquisadores vão indicar aos produtores gaúchos quais tipos de cana são mais adaptadas e têm maior estabilidade e qualidade para o cultivo nos solos do Rio Grande do Sul.

O pesquisador Sérgio Delmar dos Anjos, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), ressalta que as pesquisas buscam uma estabilidade na produtividade e, nos ensaios, pois as médias atingidas são iguais ou superiores à de São Paulo, entre 85 e 90 t/ha.

“No Sul, tanto o frio como a seca podem prejudicar a cultura. Estamos desenvolvendo materiais geneticamente modificados que criem maior resistência a esses estresses”, comenta o pesquisador Hugo Bruno Molinari, da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF). A maioria das atividades de pesquisa está em fase de testes.

Sobre o projeto

O projeto “Desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar para o Rio Grande do Sul – foco na produção de álcool” conta com profissionais de Unidades da Embrapa, universidades e empresas sucroalcooleiras. A pesquisa é dividida em segmentos. A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (FEPAGRO), por exemplo, está cuidando da fixação do nitrogênio. “Identificamos bactérias que fazem esta fixação na cana. Atualmente, já estão sendo feito testes para verificar se há aumento de produtividade e redução na quantidade necessária de insumos químicos – os fertilizantes”, explica a pesquisadora Caren Regina Lamb, da FEPAGRO de Caxias do Sul.

Já na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) são feitos estudos sobre adubação, preparo de solo e fixação biológica do nitrogênio. “Também já estamos avaliando a eficiência da fixação e já estamos realizando testes no campo”, explica o professor Sandro José Giacomini.

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