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Pesquisa do IAC aponta a utilização de 172 milhões de MPB

Ao todo foram ouvidas 199 unidades produtivas e 75% irão adotar esse sistema de plantio

Pesquisa do IAC aponta a utilização de 172 milhões de MPB

Pesquisa anual realizada pelo Centro de Cana de Açúcar, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), aponta que, nesta safra, 75% dos produtores adotarão o sistema de plantio de MPB. O censo estima a utilização de 172 milhões de mudas.

Os dados foram apresentados por Rubens Braga Junior, da RBJ Consultoria/ Programa Cana IAC, na palestra “Variedades mais plantadas em MPB e plantio comercial em 2023”, durante a 4ª reunião do Grupo Fitotécnico de Cana IAC em Ribeirão Preto – SP, realizada recentemente.

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Rubens Braga Junior

Segundo Braga, a pesquisa, neste ano, ouviu 199 unidades, totalizando uma área de plantio equivalente a 987 mil hectares. “O que nos dá uma amostra bastante significativa em termos de produtores no Brasil”, disse ele.

Com relação a MPB, Braga destacou o crescimento da utilização desse sistema de plantio. “Dos 199 entrevistados, 150 disseram que vão utilizar MPB. É uma metodologia que está sendo muito utilizada no setor, então tem 75% ou seja 3/4 das empresas. Serão 172 milhões de mudas de MPB que serão plantadas ao longo do ano”, informou.

A pesquisa também avaliou qual a variedade de cana será utilizada. Num total de 719 citações, a mais mencionada foi a RB 075322.

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“Trata-se de um clone muito novo. Essa é uma das principais características da MPB, a rapidez de multiplicação, o que explica o número de variedades novas entre as mais citadas. Na sequência aparecem a CTC 2994 a 1007, RB 127825. Nas variedades IAC, o destaque ficou com 5503, que aparece como a quinta mais citada e em primeiro lugar entre as MPB já plantadas. É uma satisfação imensa para o programa ver que a nossa principal variedade, é pelo segundo ano consecutivo a mais plantada, indicando um futuro muito promissor para essa variedade”, disse Braga.

Com relação ao plantio mecanizado, a pesquisa aponta um crescimento “ainda incipiente” no Nordeste. “Eles estão bem desenvolvidos em termos de irrigação, mas, até por questões geográficas, com muitos morros, existe uma maior dificuldade. Mas apesar disso, eles estão muito interessados na mecanização, que tem potencial para crescer na região”, informou.

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Reprsentantes da Raízen

“No Centro-Sul, os números são bem diferentes. O plantio mecanizado teve um crescimento chegando a uma média de 60%. Os estados de Goiás e Tocantins, apresentam 86,8% de plantio mecanizado. São Paulo apresenta 61,3%. No geral, os dados apontam que o mercado está crescendo, e já passamos a ter 0.7 milhões de hectares em termos de plantio mecanizado, o que dá uma boa expectativa para as empresas que atuam com esses equipamentos”, finalizou Braga.

O engenheiro agrônomo Guilherme Mantovani, da FMC, em sua palestra sobre “Tecnologia FMC para o setor sucroenergético”, apresentou conceitos inovadores para o controle eficiente de pragas e produtos seletivos que garantem maior produtividade da planta sadia com aplicação segura. A empresa também mostrou o lançamento que complementa o portfólio de inseticida.

“Um produto de amplo espectro de controle em relação a Sphenophorus, desde larva até a vida adulta”, disse Mantovani.

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Estevão Landel

Também participaram da reunião, representantes das usinas São Martinho e Raízen que apresentaram seus cases sobre plantio mecanizado e oportunidades de ajustes visando plantios de excelência.

Estevão Landel, da São Martinho, destacou o investimento em capacitação e tecnologia.

“Nossa ambição é produzir o carbono renovável de menor custo do mundo. O caminho para atingir essa ambição é primeiro é investir em pessoas, desde a capacitação. Historicamente a São Martinho capacita todos os operadores, gerando um ambiente seguro e com boas condições. Também investimos muito em tecnologia hoje todos os nossos implementos, equipamentos estão conectados gerando informações de qualidade, informações seguras, em tempo real e com essas informações nós conseguimos fazer a gestão que nos leva a boas tomadas de decisões”, disse.

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Pela Raízen, que conta com 90% de plantio mecanizado em suas operações, sendo os 10% para plantio de meiose, falaram Leonardo Mella de Godoi, especialista de plantio e Wesley Rômulo da Silva, especialista de qualidade. Eles destacaram o trabalho realizado pelo central de monitoramento que “acompanha nossas operações   a nível de rendimento e a nível de qualidade. Monitoramento remoto, POP de operações, projetos digitais, matriz de preparo e plantio, qualidade de muda, variedades, insumos e/ou plantio torta”, foram alguns dos aspectos destacados por eles.

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