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Pequenos produtores de etanol querem ajuda do governo

BRASÍLIA – Os produtores independentes de cana-de-açúcar querem aproveitar o mercado em expansão de etanol e terem suas próprias destilarias de álcool. Para isso, a categoria – que soma cerca de 50 mil produtores e representa 100 milhões da safra de 450 milhões de toneladas de cana – quer a ajuda do governo, como reduções tributárias e acesso ao crédito. Eles também estão preocupados com a alta concentração de grupos usineiros no país que optam pela verticalização de sua produção e exclui os pequenos agricultores do mercado.

O tema foi discutido ontem e hoje, na Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em um seminário que teve também a participação dos ministérios da Agricultura e da Ciência e Tecnologia. Uma das conclusões foi de que a implantação de pequenas destilarias, espalhadas por todo o país, poderá beneficiar a cerca de 200 mil famílias em um primeiro momento.

– Integrar os fornecedores na cadeia produtiva do etanol requer uma ação conjunta do governo e do setor produtivo, porque muitos são os obstáculos que envolvem a produção do álcool em menor escala. Aspectos como custo elevado e a instabilidade do mercado devem ser considerados, para garantir fôlego de sustentação deste modelo alternativo – disse o vice-presidente da CNA, Fábio Meirelles.

– A construção deste modelo para a pequena produção de álcool pode fortalecer economicamente algumas microrregiões do Nordeste brasileiro, onde culturalmente a cana sempre foi produzida, mas onde hoje, com a predominância da produção em larga escala pelas grandes usinas, os fornecedores encontram-se com capacidade de produção enfraquecida – afirmou, em sua palestra, o presidente da Comissão Nacional de Assuntos do Nordeste da CNA, Mário Borba.

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