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Pedra Agroindustrial reduz uso de água na aplicação de herbicidas

Renato Anselmi, de Campinas, SP

2003-05-26 Destilaria Industria Usina Pedra (5)

Em período de crise hídrica histórica no estado de São Paulo e em outras cidades do Sudeste, a economia de água na aplicação de agroquímicos – e em outras etapas do processo de produção – é muito bem-vinda. Bom exemplo disso é o Grupo Pedra Agroindustrial – sediado em Serrana, SP – que reduziu o volume médio de água utilizado na aplicação de herbicidas nas lavouras de cana-de-açúcar.

A economia é significativa: atualmente as unidades do grupo consomem entre120 a150 litros por hectare, praticamente a metade do volume utilizado alguns anos atrás que ficava entre 200 a 300 l/ha, de acordo com informações com Diogo Sartori Alarcon, coordenador técnico agronômico da Pedra Agroindustrial.

A redução do volume não afeta a eficiência dos herbicidas. “A água é apenas um veículo, uma vez que o agroquímico é que controla as ervas daninhas. O limite adotado pela Pedra Agroindustrial é de 120 a 150 l/ha, dependendo da situação. Alguns trabalhos mostram a possibilidade de trabalhar com vazões ainda menores. Mas, é preciso realizar mais testes”, comenta.

Para a redução de volume de calda, a tecnologia de aplicação se torna mais importante – enfatiza. “Isso quer dizer que devemos nos atentar ainda mais ao tamanho de gotas, pressão, bicos a serem utilizados, entre outros procedimentos”, diz.

Além dos benefícios ambientais proporcionais pelo menor consumo de água, a medida é também interessante para o “caixa” das unidades e grupos sucroenergéticos. Há uma significativa redução do custo operacional.

A diminuição no volume de calda significa menor transporte de água, redução da quilometragem rodada pelo tanque, maior rendimento das máquinas nas áreas aplicadas e menor tempo de espera para abastecimento – detalha Diogo Alarcon.

A adoção de novas práticas na aplicação de herbicidas, como a própria redução de volume e o uso de novos tipos de bico de aplicação, entre outras, começaram a fazer parte do dia a dia de unidades do grupo a partir dos resultados obtidos pelas usinas da Pedra e Buriti que participaram de ensaios do Provar – Programa de Valorização da Água em Pulverizações Agrícolas, realizado pelo CEA/ IAC – Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico, de Campinas.

Os experimentos desse programa demonstraram que a redução do volume de calda não influencia negativamente no controle de ervas e na operação, comprovando ainda a queda nos custos de aplicação – ressalta o coordenador técnico agronômico.

Diogo Alarcon informa que a Pedra Agroindustrial – com quatro unidades no estado de São Paulo – tem reduzido também o consumo de água na aplicação de inseticidas no sulco de plantio e cana soca com uso de equipamentos tratorizados e diminuído o volume nas aplicações aéreas. Além das usinas da Pedra, localizada em Serrana, e a Buriti, em Buritizal, o grupo possui ainda a Ibirá, em Santa Rosa de Viterbo e a Ipê, em Nova Independência.

Outras unidades e grupos sucroenergéticos também têm adotado medidas voltadas à utilização da tecnologia de aplicação de agroquímicos de maneira ambientalmente correta, visando o consumo de menor volume possível de água e com o mínimo de contaminação de outras áreas. Além disso, a redução de custos é uma meta “perseguida”, de maneira persistente, nessas operações.

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