A safra 2023/24 apresenta resultados, considerados surpreendentes pelos analistas do Pecege, com uma alta de 18,73% em relação à temporada anterior.
“Fruto das boas condições climáticas da entressafra, com um canavial relativamente mais novo”, avaliaram analistas do Pecege, durante o último Expedição Custos Cana, realizado no último dia 22.
O ATR com alta de 0,58% é um resultado acima do que se esperava para este início de safra, em função do excesso de chuvas, antes do início do ciclo. Os analistas atribuem esse resultado ao uso intensivo de maturadores no campo. Combinado com a elevada produtividade do período, o indicador de TAH registra uma média de 10,71, ou seja, 18,6% maior que o mesmo período do ciclo anterior.
Para os analistas, a atual safra vem se mostrando robusta, com produtividade acima do esperado, sustentando um nível de moagem bem acima do observado em ciclos anteriores. No acumulado dos primeiros dois meses de safra, a moagem do Centro-}Sul, ostenta um avanço de 17%.
Um mix predominante açucareiro, em virtude do bom momento do açúcar no mercado internacional e também por conta das mudanças tributárias nos combustíveis em 2023. Com perspectivas de termos o ciclo menos alcooleiro dos últimos anos.
Para os analistas as notícias climáticas de curto prazo a respeito dos efeitos do El Niño devem impactar o nível de preços. A fixação elevada das usinas, no entanto, deve restringir a capacidade de aproveitar o momento favorável de preços ainda neste ciclo.
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Segundo o Pecege, o etanol deve seguir com preços firmes no segundo semestre, acompanhando o retorno total de impostos nos combustíveis. Esse avanço, no entanto, não deve ser suficiente para impedir uma redução no preço médio do produto.
Com relação aos custos, os analistas avaliam uma perspectiva de estabilidade. “Os principais determinantes dos custos apresentam estabilização, ou até mesmo tendência de queda (fertilizantes, defensivos, diesel), com perspectivas de margens apertadas, porém ainda positivas”, afirmam os consultores.