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PCP associa-se a fundo dos EUA em projetos de usinas

A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), com três projetos “greenfield” (construção a partir do zero) de usinas de álcool no Triângulo Mineiro, associou-se ao fundo americano com foco em energia ZBI Ventures (Ziff Brothers Investments), que terá um terço do capital da empresa. A companhia sucroalcooleira tem como sócias a Pactual Capital Partners (PCP), que administra recursos dos acionistas do antigo Banco Pactual, e a JF Citrus, empresa citrícola instalada em Bebedouro (SP).

Antes da sociedade ser formalizada, a PCP detinha 53% do capital da empresa e a JF Citrus os 47% restantes. Os projetos da CMAA foram idealizados em 2006 e preveem a construção de três usinas de álcool, com investimento “um pouco acima de R$ 1 bilhão”, de acordo com Luiz Otávio Laydner, diretor da PCP.

Segundo Laydner, as três u! sinas da CMAA deverão ter capacidade total para moer 9,6 milhões de toneladas em sua primeira fase, chegando a 15 milhões de toneladas a longo prazo (5 milhões de toneladas de cana cada uma), com produção de 280 milhões de litros de álcool combustível.

A primeira usina da companhia, batizada de Vale do Tijuco, que está sendo erguida em Uberaba, deverá entrar em operação a partir da safra 2010/11. O projeto está com a fase agrícola e industrial em estágio avançado. Cerca de 2 mil hectares já estão ocupados com cana, de acordo com Carlos Eduardo Martins, diretor da PCP. Os outros dois projetos estão previstos para a região de Uberlândia, também na região do Triângulo Mineiro.

A princípio, a produção de álcool das usinas deverá ser destinada para o mercado interno. “Ainda não temos a real dimensão do que poderá ser exportado”, afirmou Laydner. Os projetos também contemplam a produção de açúcar no futuro.

Nem mesmo o projeto saiu do papel, a CMAA já tem comprometida ! a venda de energia a partir do bagaço de cana. “Participamos do leilão de reserva organizado pelo governo no fim do ano passado”, afirmou Martins. As usinas da CMAA deverão gerar, em conjunto, 210 MW.

A companhia já formalizou uma carta consulta junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para financiar uma parte do projeto. Cerca de 50% do investimento na primeira usina foi financiada com recursos próprios dos acionistas, segundo os executivos da PCP.

A chegada do fundo americano é considerada estratégica, uma vez que a ZBI possui expertise em energia. O fundo terá uma fatia de um terço do capital social total e votante, no valor de R$ 48,714 milhões. “Este é o primeiro projeto do fundo em agronegócios no Brasil”, afirmou Laydner. A expansão da CMAA será por meio de projetos “greenfield” e também por meio de aquisições, caso haja uma boa oportunidade no mercado.

A chegada da ZBI ao país pode sinalizar a volta de fundos no setor sucroalcooleiro, depois da fase mais crítica da crise financeira.

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