Pastagens degradadas no Triângulo Mineiro…
Pastagens degradadas no Triângulo Mineiro e Sul de Goiás estão sendo substituídas pelo plantio de cana-de-açúcar. As usinas que surgiram na região (muitas delas ligadas a grupos empresariais do Nordeste, em especial de Alagoas) arrendam as terras para terceiros ou compram cana de fornecedores, em vez de ter produção própria.
O Triângulo e o Centro-Oeste não chegam a ter a mesma produtividade de Ribeiro Preto — que é disparada a maior do mundo — mas disputam o segundo lugar com outras regiões de São Paulo e do Paraná. O terceiro mais baixo custo de produção está em Alagoas, que, com uma produção de 25 milhões de toneladas anuais, responde por 50% da cana-de-açúcar colhida no Nordeste.
O aumento da produtividade não se restringiu ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em Alagoas, por exemplo, há 20 anos o plantio de cana se estendia por 600 mil hectares (dos dois milhões de área considerada agricultável do estado), e atualmente não passa e 400 mil hectares. O volume produzido aumentou, assim como a fabricação de açúcar e de álcool.
O plantio se deslocou mais para o Sul de Alagoas, que é menos acidentado. No Norte, os conflitos de terra se aguçaram e o plantio vem se reduzindo.
Ao contrário do que se imagina por aqui, a rapadura não é um produto típico do Brasil. A Índia produz quase 8 milhões de toneladas por ano de rapadura, e esse volume equivale a 67% da produção mundial. A Colômbia, além de ser o segundo maior produtor mundial (com 882 mil toneladas anuais), é o país onde o consumo de rapadura por habitante é o mais alto (23,8 quilos por ano). O Brasil só aparece em sétimo lugar na lista dos produtores. Os dados são da FAO e foram utilizados no estudo patrocinado pelo Instituto Euvaldo Lodi e pelo Sebrae sobre oportunidades que podem ser aproveitadas por pequenas e médias empresas nesse novo ciclo de expansão da cana-de-açúcar no Brasil.
