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Paraná teme por soja convencional

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, teme a contaminação das lavouras de soja no Paraná. Para ele, a decisão do ministro da Agricultura e do Abastecimento, Roberto Rodrigues, em torno da proteção dos 464 produtores que já assinaram termo de compromisso, onde assinalaram a decisão de plantar soja transgênica, coloca as 99.500 propriedades que decidiram plantar soja convencional em risco.

Em declaração feita na semana passada, Rodrigues sinalizou que o Paraná não pode ser declarado área livre de transgenia porque 464 produtores já formalizaram a intenção de plantar soja transgênica. O ministério não divulga os nomes. ‘Essa decisão é equivocada’, alegou Pessuti.

‘O ministro não pode colocar em risco as lavouras de 99,5% dos produtores que não vão plantar soja transgênica por causa de 0,5% de produtores que vão plantar’, alegou o secretário. Pessuti teme que o sigilo imposto pelo ministério em torno dos produtores que assinaram o termo de compromisso possa facilitar a contaminação para as lavouras cujos produtores não vão plantar a soja transgênica.

Para Pessuti, a estratégia do ministro deveria ser outra. O governo federal deveria recorrer à parceria que sempre manteve com o governo estadual na fiscalização da sanidade animal e vegetal para que as lavouras de soja transgênica pudessem ser devidamente identificadas e acompanhadas por técnicos especializados para evitar a contaminação das lavouras convencionais.

Segundo o secretário, como o governo do Estado não pode mais interditar as lavouras, a preocupação é evitar o risco de contaminação que pode prejudicar outros produtores. ‘De um jeito ou de outro nós estamos vencendo a luta contra os transgênicos, seja pela falta de semente, ou pela falta de coragem dos agricultores, o fato é que apenas 0,5% deles declararam a intenção de plantar a soja modificada geneticamente’, afirmou.

‘A preocupação agora é evitar que essa vitória possa ser transformada em derrota’, afirmou Pessuti. A Secretaria da Agricultura quer acompanhar a evolução da soja transgênica desde o desenvolvimento das lavouras, colheita e ajudar na comercialização e segregação da produção, inclusive para cumprir a lei federal, que exige a identificação e rotulagem dos produtos geneticamente modificados. ‘Para isso precisamos identificar quem vai plantar transgênicos’, insistiu.

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