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Paraná registra segunda maior alta na produção das indústrias do País: 11,3%

A produção industrial do Paraná alcançou a segunda maior alta do País, com crescimento de 11,3% no primeiro semestre deste ano, em comparação com mesmo período de 2007, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A primeira posição ficou com o Espírito Santo (16,1%), enquanto o índice nacional apontou alta de 6,3%. O Paraná também alcançou elevação de 12,7% no mês de junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo superado apenas por Goiás (16,6%) e garantindo o 21.º resultado positivo consecutivo. A taxa do Brasil ficou em 6,6%.

Entre os estados do Sul, o Paraná aponta larga vantagem na indústria no primeiro semestre. Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram variação de 4,4% e 1,3% respectivamente – índices abaixo do crescimento nacional.

Nos últimos 12 meses, o Paraná também segue entre os maiores desempenhos nacionais, com alta de 8,9%, superando ainda a produção industrial brasileira que fechou com alta de 6,7%. O Paraná novamente teve a segunda melhor posição entre os estados pesquisados, sendo apenas superado por Espírito Santo (13,2%) e empatando no mesmo período com São Paulo (8,9%).

Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o Paraná consolidou seu caráter industrial com políticas públicas voltadas principalmente ao pequeno e médio empreendedor. “Ao implantarmos decretos e incentivos, estabelecidos de forma transparente, o grande empresário também passou a investir no Paraná e, hoje, somos um dos principais pólos de investidores do Brasil”, afirmou.

GOVERNO – Entre os destaques das iniciativas para o crescimento industrial no Paraná desenvolvidas pelo governo estadual está o programa Bom Emprego, que oferece dilação no prazo de pagamento do ICMS para empresas que se instalam ou ampliam empreendimentos no Estado.

O programa já contempla 90 empresas de grande porte em todo o Paraná, espalhadas em 42 municípios, com benefícios concedidos acima de R$ 3,17 bilhões. Os investimentos destas empresas estão estimados em R$ 2,5 bilhões, o que permitiu a geração de 14,5 mil empregos diretos e 41 mil indiretos.

A Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e a Agência de Fomento mantém os barracões industriais, que garantem espaço para a criação e o desenvolvimento de microempresas, além de fortalecer a permanência de trabalhadores e empresários no município de origem. “Já foram construídos e ocupados 115 barracões que, juntos, somam 89 mil metros quadrados de área e investimentos de R$ 21 milhões, além da geração de 3.400 empregos diretos e 4.600 indiretos”, informou o secretário Moreira Filho. As indústrias beneficiadas atingem faturamento anual de R$ 220 milhões.

DESTAQUE – No acumulado no primeiro semestre do ano, o Paraná registrou expansão de 11,3% em onze setores industriais: veículos automotores (33,9%), edição e impressão (32,2%), máquinas e equipamentos (19,5%), celulose e papel (14,8%). Por outro lado, o impacto negativo mais significativo veio de alimentos (-3,2%), principalmente devido ao decréscimo nos itens carnes e miudezas de aves.

Em relação a junho de 2007 (12,7%), dez dos quatorze ramos pesquisados contribuíram positivamente para o aumento do índice geral, como veículos automotores (26,2%), edição e impressão (98,5%), minerais não-metálicos (37,2%), máquinas e equipamentos (11,3%) e celulose e papel (14,6%). A pressão negativa mais significativa foi exercida por alimentos (-3,3%), em função, sobretudo, dos decréscimos na fabricação de açúcar cristal e óleo de soja refinado.

EVOLUÇÃO – Para a presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Avani Slomp Rodrigues, os reflexos dos resultados apresentados pelo IBGE estão sendo e serão sentidos no comércio no curto e médio prazo. Ela explica que a safra de grãos paranaense com um crescimento de mais de 6% e participação de 22% da produção nacional representa um setor econômico diretamente ligado à produção industrial estadual. “A evolução no setor industrial, que se dá por uma política de incentivo do governo e manutenção de nossas indústrias, é motivo para o comércio ter uma ótima expectativa para o segundo semestre deste ano”.

A opinião sobre o avanço paranaense no agronegócio vai além para o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Ardisson Naim Akel. “Com crescimento e investimento em setores de tecnologia e de produtos com valor agregado, o Paraná cada vez mais reconhece sua participação nos setores de veículos automotores, fabricação de caminhões, editoração gráfica, telecomunicações, entre outros”, finaliza.

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