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Paraná foi pioneiro na técnica

No País, a primeira experiência comercial com plantio direto foi realizada em 1972, na Fazenda de Herbert Bartz, em Rolândia (PR). O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) começou a pesquisar a técnica em 1975. Segundo o pesquisador Ruy Casão Junior, as primeiras experiências com essa técnica ficarem restritas a alguns cooperados da Batavo, em Carambeí, e a produtores da região de Ponta Grossa. A adesão foi pequena até 1992, quando começou a expansão do sistema. Hoje, o aumento da área plantada é proporcional à expansão do plantio direto, observa. Das máquinas produzidas pelas indústrias, 95% são adequadas ao sistema. O exemplo de Bartz foi seguido por outros pioneiros, como Frank Dijkstra, Manoel Henrique Pereira (Nonô Pereira) e Wibe de Jagger, entre outros poucos.

Segundo Nonô Pereira, com o plantio direto, o aproveitamento de solo é muito maior. Ele conta que, em dez anos, a produtividade de milho por hectare aumentou de 60 sacas de grãos para 120 sacas, no Estado. Além disso, os custos de produção no plantio direto chegam a ser 14% inferiores ao cultivo convencional. Apenas em combustível, a economia pode representar 70%. ? B.M.

CSAIBA MAIS: APDC, tel. (0–61) 3272-3191; Embrapa Solos, tel. (0–21) 2274-4999; Iapar, tel. (0–43) 3376-2200

Um sistema para grandes e pequenos

COMO FUNCIONA: No plantio direto, os restos vegetais da cultura anterior são deixados na superfície do solo, que é removido apenas no sulco, feito por ocasião da semeadura da lavoura seguinte.

Os restos de cultura (palhada ou cobertura verde) protegem o solo e retêm a umidade. Na época do plantio, um herbicida (dessecante) é aplicado para que as plantas que ocupam a área sequem e cubram o solo. O sistema requer conhecimento técnico para que haja o controle de ervas daninhas. E exige que o agricultor tenha uma semeadora e uma colhedora com picador e distribuidor de palha. A rotação de culturas deve ser adotada para evitar pragas, doenças e invasão do mato. No Brasil também há tecnologia voltada aos pequenos produtores. Há técnica que até dispensa o uso de herbicida, o que torna viável a agricultura orgânica, diz Pedro Freitas, da Embrapa Solos.

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