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Para Requião, tradings incomodam os chineses

O governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) creditou o banimento da soja brasileira por parte do governo chinês ao fato de a China querer o fim do monopólio das principais tradings internacionais na comercialização do grão. “Os importadores chineses querem fazer negócios sem intermediários.”

Segundo Requião, a represália pode estar ligada à insatisfação do país em ter de negociar por meio de intermediários. “Recebemos vários empresários chineses, no ano passado, interessados em comprar soja e açúcar diretamente dos produtores e cooperativas. Os produtores só não fecharam negócio porque já estavam comprometidos”, disse.

Para ele, após a queda das cotações da soja na bolsa de Chicago, os chineses querem quebrar contratos fechados a preços mais altos.

Desde 2003, o Paraná adotou tolerância zero no porto de Paranaguá para a recepção de soja transgênica. Requião disse que os produtores têm condições de obter prêmios mais altos para os grãos convencionais no mercado internacional.

Para Requião, os produtores deverão sair ganhando também com os contratos de soja brasileira em estudo na bolsa de Chicago. Esses contratos deverão ser lançados a partir de março, informou o governador, que não tinha mais detalhes.

Representantes da bolsa de Chicago informaram à Reuters, na quinta-feira, que esses contratos terão entrega nos portos do Brasil e serão cotados em dólares por bushel e em lotes de 136 toneladas.

Líder da coalizão Pró-Etanol no país, Requião reuniu-se, na quinta-feira, com o ministro da Casa Civil, José Dirceu, em Brasília, para exigir garantias de produção de álcool, o que dará maior segurança aos potenciais importadores. “José Dirceu prometeu interceder junto ao governo.”

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