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Para Indústria de Bioenergia de MT, a COP28 trouxe avanços, mas o ritmo
das mudanças precisa ser acelerado

Mato Grosso concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo

Para Indústria de Bioenergia de MT, a COP28 trouxe avanços, mas o ritmo
das mudanças precisa ser acelerado

Divulgado na madrugada desta quarta-feira (13), o acordo do Balanço Global da COP 28 representa um avanço no combate às mudanças climáticas, mas também deixa evidente que é preciso acelerar o ritmo de mudanças em prol da descarbonização do planeta, na avaliação da Bioind-MT (Indústria de Bioenergia do Mato Grosso), o que envolve adoção de fontes bioenergéticas advindas da produção agropecuária brasileira.

Em uma decisão consensual, representantes das mais de 200 nações acordaram em realizar uma transição para substituição do uso de combustíveis fósseis, alcançando a neutralidade de carbono até 2050. Também foi definida a disposição de, até 2030, triplicar globalmente a capacidade de energia renovável e duplicar a eficiência energética. As diretivas aprovadas são importantes e louváveis, mas carecem de metas claras e efetivas.

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“Nós, da Indústria de Bioenergia de Mato Grosso, entendemos que a descarbonização do planeta é um desafio que exige – da sociedade, de governos e das empresas – ousadia, conscientização, inovação, planejamento e agilidade. Durante a COP 28, apresentamos soluções que vêm sendo desenvolvidas em Mato Grosso no desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, aliadas à produção de alimentos e à conservação dos biomas”, afirma a entidade.

Líder na produção de etanol de milho e deve alcançar, na safra 2023/24, a vice-liderança na produção de etanol no Brasil (cana e milho), Mato Grosso concorre para ter a primeira indústria de etanol carbono negativo do mundo, por meio da tecnologia de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono).

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Silvio Rangel (Divulgação)

A Bioind acredita que a bioenergia é parte fundamental da solução para um mundo mais sustentável e o Brasil reúne as condições para protagonizar essa transformação. “Na COP 28, o mundo deu passos significativos, mas o ritmo das mudanças precisa ser mais acelerado”, disse.

“A visão da Bioind é de que o acordo firmado precisa de avanços na direção de incentivo a adocação de fontes bioenergéticas como etanol e demais derivados, como hidrogênio verde e bioquerosene de aviação, entre outros”, ressalta Silvio Rangel, presidente do Bioind MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso)”.