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Palocci defende acordo com FMI para o país crescer

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, procurou mostrar mais uma vez que uma das grandes preocupações do governo é fazer com que o novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) funcione como um elemento de apoio à retomada do crescimento econômico sustentado. “O grande problema que o Brasil teve nos últimos anos é que ele teve surtos de crescimento e crises. Nós últimos oito anos nós tivemos cinco crises”, disse o ministro durante entrevista ao programa Bom Dia Brasil, na TV Globo.

“Nós queremos preparar o Brasil para que ele possa enfrentar crises externas, não ter crises internas e ter crescimento por um longo tempo, que é o que o país precisa”, argumentou, ao defender a renovação do acordo, em dezembro, que permitirá ao país sacar até US$ 14 bilhões em caso de choque econômico.

O ministro destacou o fato de que o novo acordo do Brasil com o Fundo está sendo construído num ambiente de estabilidade econômica. “O mais importante é que nós, pela primeira vez, conseguimos construir um acordo baseado em crescimento. Pela primeira vez temos um acordo que não tem pela frente uma crise econômica”, disse.

Palocci afirmou que o governo brasileiro decidiu priorizar a área de saneamento em 2004. Dentro do novo acordo entre o Brasil e o FMI, o governo propôs a introdução de um mecanismo que garantirá recursos para serem investidos nessa área no próximo ano. “Nos parece que a área de saneamento deveria ser a área prioritária (em termos de investimento), já que ela gera empregos, leva benefícios para as comunidades. É uma interferência muito positiva na vida das pessoas”, argumentou .

Segundo Palocci, o dinheiro que for economizado este ano acima da meta de superávit primário fixada poderá ser “carregado” para 2004, abrindo assim a possibilidade de ampliação dos investimentos na área de saneamento. Até setembro, o setor público acumulou cerca de R$ 2,9 bilhões a mais do que a meta de superávit fixada para o período.

A introdução desse novo mecanismo permitirá que os estados e municípios invistam em saneamento até o limite dessa sobra, ampliando portanto a capacidade de investimentos dessas esferas de governo sem o comprometimento da meta global de superávit do setor público.

Em reunião com representantes do setor bancário ontem, a vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, mostrou uma visão otimista com relação à economia brasileira, revelando satisfação com a forma com que o governo vem conduzindo a política monetária e as negociações com o Fundo que resultaram nos termos do novo acordo. A informação é do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira.

Em sintonia com as manifestações otimistas do governo e da representante do FMI, a agência classificadora de risco Fitch Ratings elevou ontem a nota soberana do Brasil de B para B+, com perspectiva estável. De acordo com comunicado da agência, a elevação da classificação reflete a melhora na economia do país, assim como as diretrizes da política macroeconômica. A elevação da nota é importante para tranqüilizar os investidores estrangeiros e atrair capital externo para o Brasil.

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