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Palocci confirma negociação para novo empréstimo, mas FMI nega

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci disse hoje que teve início a conversa sobre a possibilidade de o governo firmar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Já tratamos da revisão e começamos a tratar de um novo acordo”, disse.

Segundo Palocci, até sexta-feira da próxima semana, a equipe econômica do governo vai decidir se haverá um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. “Ao final de tudo nós apresentaremos publicamente tudo o que for decidido”, disse o ministro.

Ele adiantou que se for firmado um novo empréstimo, a quantia será correspondente à necessidade do país para 2004. Em outras oportunidades Palocci chegou a dizer que, se for feito, o acordo será de no máximo um ano, de caráter preventivo podendo chegar a US$ 10 bilhões.

Já o chefe da missão do FMI, Jorge Marquez-Ruarte, afirmou que o governo brasileiro é quem decidirá o momento de iniciar as negociações para a elaboração de um novo acordo com a instituição. Segundo Ruarte ainda não começou, efetivamente, a negociação para um novo acordo. “Até agora nós discutimos simplesmente a quinta revisão”.

A missão do Fundo começou hoje pela manhã a fazer a quinta e última avaliação do acordo firmado no ano passado. Segundo Palocci, a expectativa para essa revisão é muito positiva. “Até porque antes da missão vir, o próprio Fundo, por meio do seu porta voz, Thomas Dawson e suas autoridades divulgaram posições muito positivas sobre o Brasil”, afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que ainda não há certeza no saque de cerca de US$ 8 bilhões, que seriam liberados caso a missão do Fundo aprove a última revisão. “Ainda não há nenhuma posição tomada e a missão ainda está no início das negociações”, disse Meirelles. De acordo com Meirelles, apenas no prazo de 10 dias será possível chegar a uma conclusão sobre o saque ou não dos recursos do FMI.

Antonio Palocci ressaltou que o novo acordo não será semelhante ao acordo firmado em setembro do ano passado. “Lá atrás foi feito um acordo, antes de uma crise econômica. E agora qualquer acordo que seja feito, olharemos para a frente e para frente nós vemos crescimento econômico e não crise”, enfatizou.

Palocci disse que o Brasil vive hoje uma situação bastante favorável, com balanço positivo das contas externas e crescimento da Balança Comercial. Devemos fechar o balanço de contas externas positivo, depois de mais de 10 anos. Isso é uma boa noticia”.

O chefe da Missão do Fundo disse que o Fundo apóia o governo brasileiro e sempre vai apoiar. Na sua avaliação, a economia brasileira está indo muito bem. “Já vemos a recuperação, a inflação está baixando, as taxas de juros estão caindo, o real está apreciando e o risco-País está baixando a níveis que não se via há anos”, avaliou. Para Ruarte, a recessão está terminando e o que falta para economia brasileira é que o crescimento se fortaleça.

Ele voltou a repetir que o governo brasileiro está trabalhando de forma efetiva nas reformas tanto Previdenciária quanto Tributária e nas outras que estão em marcha como a Lei de Falências. Questionado novamente sobre a possibilidade de um novo acordo, Ruarte encerrou a entrevista dizendo que é muito cedo ainda para discutir um novo acordo.

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