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Palocci comemora elevação do PIB e vê espaço para ajustes

Comemorando a forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou que o crescimento seja passageiro e disse que o governo continuará a fazer os ajustes para manter a atividade econômica equilibrada.

“Tudo indica que 2004 terá um crescimento superior à média dos anos anteriores. Nós temos todas as condições, a partir daí, de conseguir um período longo de crescimento”, afirmou Palocci nesta terça-feira a jornalistas no Palácio do Planalto.

O ministro da Fazenda tem repetido que o desempenho da economia é resultado dos ajustes promovidos durante o primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o controle da inflação, a redução do risco-país, além dos ajustes na carga tributária para estimular o investimento da iniciativa privada.

“No horizonte não há obstáculos importantes que possam interromper esse processo”, resumiu o ministro.

A economia brasileira cresceu, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,5% no segundo trimestre de 2004 em relação ao trimestre imediatamente anterior e 5,7% na comparação com o mesmo período no ano passado.

Palocci aproveitou para cobrar o avanço de projetos no Congresso, como as Parcerias Público-Privadas (PPP) e a lei de falências, que fazem parte da chamada “agenda microeconômica” do governo.

“Se o Brasil tivesse sabedoria para fazer uma boa reflexão sobre este momento, sobre a grande força de sua economia, sobre a necessidade de ser perseverante no equilíbrio dessa economia, faríamos 10, 12, 15 anos de crescimento”, afirmou.

Um dos argumentos levantado do governo junto ao Congresso para apressar a votação das PPPs e da lei e falências é o gargalo em infra-estrutura que prejudicaria, no médio prazo, o crescimento da economia. A explicação seria que as condições dos portos e das estradas de rodagem não são suficientes para atender um aumento crescente da produção das indústrias.

Palocci, no entanto, descartou que esses problemas poderão limitar o crescimento da economia e disse que o governo trabalha para “solucionar as demandas em infra-estrutura”.

Questionado se o crescimento econômico poderia provocar aumento da taxa de juros para conter a inflação, o ministro disse que o Banco Central deve se manter “vigilante” com o aumento dos preços.

“O Banco Central tem sido muito transparente com o País como um todo, quando ele toma suas decisões e emite seus documentos. Se há uma coisa que devemos ressaltar na postura do Banco Central é sua transparência, a clareza com que tem tratado a questão da inflação. E nós sabemos e queremos que o Banco Central continue vigilante em relação à inflação.”

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