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País sai do ataque e vai para a defesa na OMC

O Brasil adotará um perfil defensivo neste segundo semestre nas negociações na Organização Mundial de Comércio (OMC), em reação à agenda dos países industrializados.

As negociações deverão ser retomadas com mais lentidão, pela conjuntura nos dois elefantes do comércio mundial: eleição nos Estados Unidos e mudança de comissários na União Européia.

Os movimentos em Genebra serão concentrados em três negociações, na avaliação do embaixador brasileiro junto à OMC, Luiz Felipe de Seixas Correa: cortes de tarifas de bens industriais e de consumo, abertura de serviços (bancos, telecomunicações, energia etc) e facilitação de comércio.

Esses temas, de forte interesse dos países ricos, praticamente não avançaram até agora porque os esforços estavam concentrados em agricultura.

A negociação agrícola, após o acordo de julho, só será efetivamente retomada em 2005, na avaliação do embaixador, para definir as modalidades (percentuais de cortes tarifários e de subsídios e prazos de implementação do acordo).

Esse cenário levará a uma mudança de perfil do Brasil na OMC. De ofensivo na agricultura, passa a ser defensivo em produtos industriais e serviços. Sua preocupação é frear os ardores dos ricos.

O Itamaraty já começou a preparar, com representantes empresariais, uma plataforma de negociação industrial, que inclui proposta de fórmula para cortar tarifas.

Na negociação de serviços, o Brasil estará sob pressão para se comprometer com abertura em telecomunicações, bancos e outros setores.

Na negociação de facilitação de comércio, o Brasil é demandante, como os ricos, por melhoras nos procedimentos aduaneiros.

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