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País quer exportar mais álcool

O Brasil começa a estreitar as relações comerciais com os Estados Unidos, na tentativa de ampliar o mercado de álcool combustível para os americanos. Esta semana, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, visita Nova York e Washington, onde falará sobre a experiência brasileira com o combustível e deverá se reunir com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Mike Johanns.

A produção americana, próxima a 17 bilhões de litros de álcool de milho, não deve ser suficiente para suprir a demanda pelo combustível. Na última semana, Rodrigues conversou com investidores e técnicos que integraram uma comitiva de americanos que visitou o Brasil a convite do consultor e presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.

Esta foi a terceira missão daquele país em visita ao Brasil desde o mês passado, já que políticos da Califórnia e alguns senadores estiveram aqui em outras duas missões para conhecerem a produção de etanol.

De acordo com Carvalho, é grande a pressão para que o imposto sobre o álcool brasileiro importado pelos Estados Unidos, de US$ 0,54 por galão (ou US$ 142,65 por metro cúbico), seja pelo menos reduzido.

No entanto, como a produção excedente de etanol na safra brasileira 2006/2007 servirá para renovar os estoques, “agora é um momento bom para um acordo entre os dois países, pois os Estados Unidos não podem ter a visão de que o Brasil é o vilão no álcool, que tem os estoques na mão”, disse Carvalho. “Com o cenário de escassez dos dois lados é que pode surgir a parceria”, completou o presidente da câmara setorial.

Por isso, é provável que o ministro Rodrigues costure um acordo com os americanos de redução ou corte temporário da sobretaxa ao álcool brasileiro, atrelado, no entanto, a uma cota de exportação que garanta o abastecimento do combustível no Brasil.

Carvalho só não irá acompanhar Rodrigues na viagem aos Estados Unidos porque na próxima segunda-feira, em Brasília, o Ministério de Minas e Energia realizará um seminário também sobre o álcool, do qual irão participar representantes de toda a América Latina e do Caribe.

Com o evento, o governo pretende ampliar o mercado do combustível e incentivar a produção de etanol de cana nesses países.

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