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País pode aumentar exportações de álcool

O coordenador-geral da Secretaria de Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Gusmão Dorneles, disse que o Japão hoje é o mercado mais promissor para a exportação brasileira de álcool. No seminário “Políticas para o Setor Sucroalcooleiro e a Reestruturação do Proálcool”, ele afirmou que uma comitiva japonesa está visitando o Brasil interessada em conhecer o programa Proálcool, com vistas a importar o produto para adicioná-lo à gasolina. A comitiva se encontrará hoje à tarde com o ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Roberto Rodrigues.

Presente ao debate, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Marcio Fortes de Almeida, afirmou que há necessidade de planejamento das exportações brasileiras de álcool para atender ao mercado mundial. “O Brasil não tem capacidade para suprir a demanda mundial hoje”. Segundo ele, para produzir o suficiente para atender ao mercado mundial o País precisaria de no mínimo dois anos – o tempo de uma colheita – e de investimentos da ordem de 7,2 bilhões de dólares (cerca de R$ 21,6 bilhões) neste período.

Na avaliação de Eduardo Carvalho, presidente da Única, o Brasil poderia dobrar as exportações de álcool nos próximos dois anos, passando de 2 bilhões atuais, para 4 ou até 5 bilhões de dólares. Para o diretor do Departamento do Açúcar e do Álcool do ministério, Ângelo Bressan, para se transformar num grande exportador de álcool combustível, o Brasil deve considerar ser um parceiro confiável, garantindo o fornecimento do produto, atuar na formação de preços no mercado internacional e organizar um período de transição que permita a melhoria da infra-estrutura e a discussão de um cronograma de uso do álcool pelos clientes.

Segundo Bressan, um banco japonês está se oferecendo para financiar instalações agrícolas, industriais e de produção no Brasil. “O desafio é descobrir como criar uma infra-estruura para nos tornamos, no futuro, um grande fornecedor mundial de álcool. Só no Japão, se a mistura de etanol na gasolina for de 10%, serão necessários 6 bilhões de litros”. Além do Japão, o Brasil pode fornecer álcool para a Suíça, a Polônia e a Finlândia, entre outros países que têm dificuldade de abastecimento.

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