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País já economizou US$ 121,2 bilhões com uso de álcool combustível

O consultor e presidente da Datagro, Plinio Nastari, estima que o Brasil deixou de gastar US$ 121,26 bilhões, já incluídos os juros, entre 1976 e 2004, com o uso do álcool como combustível em substituição à gasolina – puro ou misturado. Sem os juros, o valor seria de US$ 60,74 bilhões, de acordo com Nastari, que participou hoje (7) da 25ª reunião do conselho da Associação Mundial dos Plantadores de Beterraba e Cana (WABCG), em Ribeirão Preto (SP).

Desde 1976, ano em que o Proálcool foi implantado e o uso do combustível foi incentivado pelo governo federal, o País substituiu 229,4 bilhões de litros, ou 1,44 bilhão de barris, de gasolina, e economizou o correspondente a 11% das reservas do combustível feito do petróleo. Sobre a safra brasileira 2005/2006, Nastari reapresentou no evento os números da previsão da consultoria feita em maio, de um processamento de 402 milhões de toneladas de cana e a produção de 27,5 milhões de toneladas de açúcar e 16,4 bilhões de litros de álcool no Brasil.

O presidente da Datagro disse estar satisfeito com os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou semana passada, na sua primeira estimativa oficial para a safra de cana-de-açúcar, um processamento de 401,5 milhões de toneladas de cana. No entanto, Nastari contesta que a produção de álcool chegue a 17,5 bilhões de litros em 2005/2006, como prevê a Conab. “A diferença está na produção de álcool no Nordeste, estimada pela Conab em 2,5 bilhões de litros, que supera em 1 bilhão de litros o previsto”, disse Nastari.

TECNOLOGIA

O Brasil vai ampliar a transferência de tecnologia brasileira de uso e distribuição do álcool combustível, hoje restrita à Venezuela, para a Colômbia e países da África e Ásia. Segundo o gerente de Álcool e Oxigenantes da Petrobras, Sillas Oliva Neto, serão transferidas tecnologia, por exemplo, que tornam viável o transporte de álcool por dutos. Sem revelar quais países da África e Ásia serão atendidos pelo programa, Oliva Neto lembrou que desde março pelo menos uma delegação estrangeira visita o País por semana para conhecer a estrutura de produção e distribuição do etanol.

O gerente da Petrobras defendeu que, apesar de a cotação do etanol ser diferente nos diversos países produtores, o valor internacional de referência a ser criado após o combustível se consolidar como uma commodity deveria ser calculado tendo como parâmetro o preço da gasolina. “O preço do álcool tem de ser baseado no combustível que ele substituirá, ou seja, a gasolina”, concluiu.

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