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País ganha primeiras usinas projetadas para produção orgânica

Na próxima safra na região Centro-Sul duas novas unidades estão previstas para entrar em operação, e a novidade é que elas foram projetadas para produção orgânica. As demais já existentes foram adaptadas para a produção orgânica, que tem mercado garantido nos países europeus, asiáticos e Estados Unidos. A confirmação é dos grupos empresários que estão investindo nos dois projetos. No interior de São Paulo, o consultor Nestor de Oliveira, do CTEQ (Centro de Treinamento e Educação em Qualidade), de Piracicaba (SP), coordena todo o projeto de um grupo mexicano.

A área está em fase de terraplanagem. Os equipamentos da indústria já foram comprados e os fornecedores estão sendo cadastrados pela nova usina, já que a unidade foi projetada para trabalhar com apenas 20% de cana própria. “Só estou autorizado a confirmar que a usina está sendo instalada no interior de São Paulo, cada detalhe obedece à risca as exigências do ISO 14.001, versão 2.004, e a usina já funcionará com esse certificado, o que há de mais novo em termos de regulamentação do mercado de orgânicos”, afirma o consultor do CTEQ. O projeto prevê inicialmente uma usina de pequeno porte, com capacidade para produção de 30 toneladas de açúcar diariamente, apesar da planta industrial estar projetada para ampliação conforme a demanda do mercado e novos contratos de exportação.

No Mato Grosso do Sul, um projeto similar ao descrito pelo CTEQ está em fase inicial de implantação. No município de Cidrolândia, os empresários José Augusto Marconato (GTA Caldeiraria, de Guariba – SP) e Sebastião Liberato Alcaide (Selial – indústria de suco em Rio Claro – SP) estão investindo R$ 35 milhões para a instalação de uma usina projetada para ser totalmente orgânica. O gerente agrícola Claudinei dos Santos confirma que o projeto está dependendo da liberação do Banco do Brasil de um empréstimo de R$ 20 milhões, e que a usina vai trabalhar com 2,6 mil hectares de cana própria e o restante (65%) de fornecedores. Segundo ele, “se o financiamento sair nos próximos 60 dias, a usina vai entrar em operação no próximo ano. Caso contrário, só em 2.005”.

Leia reportagem especial sobre as novas unidades com produção orgânica e os investimentos do setor em meio ambiente na edição de setembro do JornalCana.

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