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País exporta mais álcool combustível que industrial

As exportações de álcool combustível na safra 2004/2005 estão maiores que as de álcool industrial pela primeira vez na história, de acordo com o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho. Segundo ele, 60% das exportações são de álcool combustível.

As exportações de álcool triplicaram em relação à safra anterior. “Uma conjunção de preços internos baixos e preços externos elevados, além da alta do petróleo, tornou competitivo o álcool brasileiro”, explica Carvalho.

O Brasil deve terminar 2004 com exportação total de 2,36 bilhões de litros, dos quais 1,77 bilhão do Centro-Sul. O principal importador foram os Estados Unidos, com 592,671 milhões de litros. Deste total, 406,373 milhões foram importados diretamente, apesar do elevado imposto incidente. Os outros 186,3 milhões foram importados via triangulação no Caribe. O segundo maior importador foi a Índia, com 400,9 milhões de litros, seguido por Roterdã, com 207,15 milhões.

“O álcool importado de Roterdã segue em sua grande parte para a Suécia”, de acordo com o diretor-técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues. Segundo ele, a Suécia consome cerca de 85% do álcool desembarcado em Roterdã através de programas de mistura de álcool na gasolina.

Apesar do aumento das exportações de álcool e do consumo interno, a estimativa é de que os estoques de passagem sejam suficientes para evitar desabastecimento. Segundo Rodrigues, os estoques de passagem devem ser, em 30 de abril, de 200 milhões de litros, sem considerar a produção antecipada da safra nova. O consumo médio mensal é de cerca de 1 bilhão de litros.

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