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Pagamento a fornecedores pode ser unificado no Nordeste

Os representantes do setor sucroalcooleiro do Nordeste se reuniram através da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool, no Ministério da Agricultura, em Brasília, na última segunda-feira, para discutirem a implantação de um mecanismo de remuneração da cana nos moldes do Consecana de São Paulo. Um grupo técnico constituído por representantes dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba e São Paulo vai analisar e detalhar a realidade de cada Estado produtor para depois definir um modelo para o Nordeste.

Segundo Geraldo Majela de Andrade Silva, assessor técnico da Orplana (Organização de Plantadores de Cana do Estado de São Paulo), o modelo Consecana implantado para os produtores paulistas deste 1998 “vem sendo utilizado pela maioria das unidades produtoras de São Paulo, por se tratar de um sistema correto de remuneração da matéria-prima”. Por esse modelo, os fornecedores de São Paulo receberam a título de adiantamento, em setembro, 80% de um valor médio aproximado de R$34,00 por tonelada de cana, e no final da ano safra (maio) se fará o ajuste final levando em consideração a qualidade da cana e o valor médio do quilo do ATR (Açúcar Total Recuperável).

Em Pernambuco, o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, não vê problemas com a remuneração dos fornecedores, orientada pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da Universidade de São Paulo, em Piracicaba – SP). “Pagamos o melhor preço do Nordeste (em agosto foi R$ 35,32 a tonelada e em setembro R$ 31,29), e o sistema Consecana está implantado há três anos”, afirma ele, demonstrando, entretanto ser favorável a uma fórmula regional de remuneração ao fornecedores de cana, ou seja, praticada nos mesmos moldes em todos os Estados do Nordeste.

Mas o diretor tesoureiro do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Açúcar no Estado de Pernambuco, Flávio Romero de Souza Leão, alega que “há um equívoco por parte do presidente do Sindicaçúcar, quando afirma que nosso Estado não vê problemas com a remuneração dos fornecedores de cana orientada pela conceituada ESALQ, e que o sistema Consecana está implantado há três anos”. Segundo ele, houve um contrato assinado entre as partes, ou seja, Sindicato dos Cultivadores de Cana de Açúcar, no Estado de Pernambuco, Associação dos Fornecedores de Cana em Pernambuco e o Sindaçúcar/PE, contrato esse assinado no início da Safra 2000/2001, com prazo de 01 ano, que encontrá-se vencido a duas safras, não renovado por divergências entre as partes interessadas, por não haver consenso, pois os mesmo querem modificar as regras contidas no contrato vencido”. Ele adverte ainda que “o sistema Consecana-PE, ainda não está implantado definitivamente”.

Leia matéria completa sobre o sistema de remuneração Consecana na edição de outubro do JornalCana.

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