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Ousadia para investir

Campeão brasileiro de grãos e fibras, Mato Grosso também assume a liderança nacional na produção de biodiesel, que é combustível limpo, de origem vegetal e que se destina a reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, conforme preceitua o Protocolo de Kioto, firmado em 1997, pelo Brasil, na cidade japonesa do mesmo nome.

Mato Grosso produz biodiesel em escala macro. No ano passado, suas 22 plantas industriais desovaram no mercado 571 milhões de litros – que correspondem a um terço da produção nacional – para ser adicionado ao óleo diesel no percentual de 5%.

A vitalidade na produção do biodiesel mato-grossense é fator de desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda. O Sindibio/MT – sindicato que reúne as indústrias do setor – estima que as plantas industriais no Estado geram mil postos de trabalho diretos e quatro mil indiretos em sua cadeia produtiva que se espalha por todas as regiões, em cidade s de todos os portes, a exemplo da pequena Porto Alegre do Norte, e de Cuiabá, que é a Capital e concentra a maior população urbana de Mato Grosso.

A produção do biodiesel em larga escala é facilitada pela oferta de matéria-prima – da qual o óleo de soja responde por mais de 80% seguido pela gordura bovina e óleo de algodão -, e pela política de incentivo fiscal do Governo de Mato Grosso, que concede desoneração e outros benefícios aos grupos que diversificam sua atividade no Estado ou optam por investirem nos municípios mato-grossenses.

O volume de biodiesel produzido em Mato Grosso tende a aumentar. Nesta semana a economia mato-grossense recebeu boa notícia: a Bunge Alimentos oficializou ao governador Silval Barbosa a intenção em diversificar sua atividade industrial em Nova Mutum, onde esmaga soja para produção de óleo degomado, farelo de soja e subprodutos.

O vice-presidente de Gestão e Inovação de Processos da Bunge, Martus Tavares, e o prefeito de Nova Mutum, Lírio Lautenschlager, apresentaram a Silval o projeto de diversificação de produção naquele município, que receberá aporte de R$ 60 milhões. A viabilização desse projeto se deve ao tripé: visão de mercado da Bunge, oferta contínua de matéria-prima produzida próxima à indústria e incentivos fiscais. Esse positivo conjunto de fatores em breve se traduzirá em mais empregos, maior receita tributária na cadeia do biodiesel e incremento ao desenvolvimento local e da circunvizinhança.

Quanto mais biodiesel produzir, menos soja e outras commodities agrícolas serão vendidas in natura por pecuaristas e produtores rurais de Mato Grosso. É de domínio público que o Estado cultiva as maiores lavouras de soja e algodão, e em suas invernadas pasta o maior rebanho bovino nacional. Portanto, a verticalização da produção resulta em maior valor agregado ao conjunto do agronegócio estadual.

Vanguarda na tecnologia de produção, o que lhe assegura duas safras anuais “cheias”, recordis ta em precocidade de abate bovino e aproveitamento de carcaça, Mato Grosso também é campeão em incentivos fiscais e na ousadia de investimento, situação essa que o deixa no centro das atenções do mercado internacional.

“Mato Grosso também é campeão em incentivos fiscais e na ousadia de investimento”

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