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ONS vai acionar usinas térmicas a biomassa para eleição de domingo

As usinas térmicas a biomassa, que utilizam o bagaço da cana de açúcar para gerar energia, seguem uma fila de despacho de energia pelo ONS, que monitora o SIN (Sistema Interligado Nacional) e vai permitindo a entrada da geração de energia das usinas pelo critério de preço.

As primeiras a serem acionadas, quando as usinas hidrelétricas são insuficientes para atender o mercado são as usinas a carvão, que apesar de poluentes são mais baratas. Depois o ONS autoriza usinas a gás, e se precisar biomasa e a óleo combustível.

Um dia depois de um problema em um transformador da usina hidrelétrica de Itaipu ter deixado sem energia, por meia hora, parte das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e dos Estados do Acre e Rondônia, o presidente do ONS, Hermes Chipp, afastou novos problemas de abastecimento durante as eleições.

“Vamos gerar térmicas adicionais para suportar todos os locais em que seja possível contingências públicas ou minimizar eventuais desligamentos que possam acontecer”, disse o executivo.

Ele prevê que haverá reforço de pelo menos mais 200 megawatts pelas térmicas a biomassa.

Devido ao baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas desde julho, o ONS já vinha despachando térmicas movidas a gás natural. “Todas (as usinas) da Petrobras estão sendo despachadas e todas de gás natural. São cerca de 10 mil megawatts de térmicas atualmente”, disse Chipp.

Ele prevê que até o final do mês a chuva volte nos locais mais críticos, e já percebe melhoras no sul da região Sudeste, um dos lugares mais afetados, e no Nordeste.

“As frentes (frias) já começaram a entrar, as chuvas no sul já estão acontecendo e estão subindo para o Sudeste”, disse.

Já o Nordeste continua com reservatórios baixos, mas em situação mais confortável do que a verificada entre 2007 e 2008, quando atingiram o seu mais baixo nível, de 27%. Atualmente, segundo Chipp, estão com níveis entre 48% e 50%, semelhantes aos verificados no Sudeste.

“A chuva não chegou em grande escala, mas vai chegar, menos no São Francisco”, disse o executivo, informando que por este motivo o ONS está enviando mais 2 mil megawatts para a região Nordeste e não há risco de desabastecimento.

IMAGINA NA COPA

Chipp admitiu que o país não está energeticamente preparado para enfrentar eventos como a Copa do Mundo, que será realizada em 2014, mas disse que o ONS e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estão tomando medidas adicionais também para o evento.

“Fizemos um trabalho com oito forças-tarefas, quatro coordenadas pela EPE e quatro pelo ONS, em que todas as medidas para prover a proteção adicional do sistema já estão sendo dimensionadas”, disse Chipp, citando como exemplo de medidas o menor carregamento das linhas de transmissão e a maior geração térmica.

Segundo ele, a agência reguladora do setor, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), também vem trabalhando junto às distribuidoras que fazem o abastecimento dos estádios para evitar apagões durante os jogos.

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