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Onda de aquisições e fusões deve continuar

O negócio entre ETH e Brenco se soma a uma lista de fusões e aquisições no setor sucroalcooleiro nos últimos anos. A tendência é resultado da dificuldade financeira tanto de pequenos quanto de grandes grupos.

Sem condições de acessar o mercado financeiro, a solução para alguns foi ceder ao assédio de grupos mais capitalizados.

A própria ETH entrou na negociação da Santelisa Vale e da NovAmérica, sem sucesso, como lembra José Carlos Grubisich. A Cosan comprou a NovAmérica e recentemente se associou à Shell. A Santelisa compartilha a gestão com a Louis Dreyfus Commodities. Mais recentemente, a Bunge, que já tinha arrematado duas usinas (uma em Minas e outra no Centro-Oeste), comprou a Moema, no interior paulista.

Grubisich sabe que a nova ETH nasce com robustez para interessar tanto a petroleiras estrangeiras quanto à pr! ópria Petrobrás. Mas garante que não é o momento de começar algum tipo de conversa com os grandes grupos. “Há muito a ser feito. A gente não é tão rápido assim”, disse ao Estado.

Antonio de Pádua Rodrigues, assessor da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), acredita que o mercado sucroalcooleiro deve se concentrar ainda mais. “Há grupos, a exemplo da ETH e da Brenco, que surgiram naquela boa fase do setor e do mercado de capitais, em 2006 e 2007, que estão na mesma situação dessas duas empresas, ou seja, com projetos que precisam deslanchar”, explica.

Segundo Rodrigues, muitos projetos de expansão não saíram do papel porque os recursos ainda não estão irrigando a atividade como se esperava. “O dinheiro está voltando aos poucos”, diz. Apesar da dificuldade de caixa, ele aposta na expansão da atividade: “O reconhecimento pelos Estados Unidos do etanol como combustível menos poluentes vai acelerar muita coisa”.

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