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Obra de usina em Dourados terá início em fevereiro

A construção da planta industrial da Dourados – Açúcar e Álcool S/A, a primeira usina deste município, começará em fevereiro, depois de vencida a última barreira burocrática: a licença ambiental, expedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em dezembro passado.

A execução do projeto tinha previsão de ser iniciada neste mês, mas as intensas chuvas (quase 180 milímetros) atrasaram a instalação do canteiro de obras. Mas em fevereiro, finalmente, a implantação da usina sairá do papel, afirmou ontem o sócio e diretor Celso Dal Lago Rodrigues.

Uma área de 5.000 hectares já está plantada com cana e será dobrada nos próximos meses, atingindo as regiões da Placa do Abadio, Itahum e da Picadinha, com o começo de uma nova etapa de plantio. A meta do empreendimento é cultivar 30 mil hectares.

A previsão é de fazer a primeira moagem no segundo semestre de 2008. Depois, a usina irá ampliando a sua capacidade a cada ano-safra até atingir três milhões de toneladas de cana processadas. De acordo com Dal Lago, a usina irá produzir, com capacidade plena, 150 milhões de litros de álcool e 260 mil toneladas de açúcar cristal.

A construção da usina será na área da Fazenda Dom Pierino, a 45 quilômetros de Dourados, entre a região da Placa do Abadio e o distrito de Itahum. O empreendimento – que tem como acionista o Grupo Unialco, de Guararapes (SP) – prevê a contratação de 800 funcionários nos primeiros anos de atividade, entre os contratados para a parte agrícola e industrial.

Celso Dal Lago comentou que a colheita será mecanizada, evitando a contratação de mão-de-obra temporária, vinda de outros Estados, pelo período médio de seis meses. Os cortadores de cana são oriundos, em geral, do Nordeste. “Vamos abrir vagas para empregos mais seletivos e de caráter permanente. E na nossa região existe pessoal qualificado, como operador de colheitadeira, de tratores e outras máquinas”, frisou o empresário.

A Dourados – Açúcar e Álcool será a usina pioneira neste município e já causou mudanças no perfil financeiro da agropecuária regional. Muitos produtores rurais abriram espaço para o arrendamento de terras para a cana, deixando de plantar parte da soja ou diminuindo a área para criação de gado, por causa da renda garantida com a nova atividade.

Outro grupo empresarial (Eldorado) anunciou a instalação de uma usina na região de Guassu, também em Dourados.

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