O setor mineiro se expande, ó xente
Sem alarde, como reza a legítima tradição mineira, o setor sucroalcooleiro de Minas Gerais já não sabe o que é crise. Comendo o mingau pelas beiradas, recuperou o fôlego perdido por causa da desregulamentação na década de 90 e está vendo boa parte de suas unidades produtoras ressurgirem das cinzas. Seus maiores benfeitores têm sido os empresários nordestinos que vêem nas férteis terras mineiras um campo espaçoso para o surgimento de um novo Eldorado da cana.
A expansão da indústria canavieira em Minas Gerais coincide com a desregulamentação do setor e ocorre principalmente a partir de meados da década de 90, com a instalação de fortes grupos do Nordeste, especialmente provenientes de Alagoas no Triângulo Mineiro, cujos investimentos continuam sendo canalizados para a região.
Segundo o assessor Carlos Cobra, do Siamig MG, a prosseguir o ritmo de investimentos, o que parece irreversível, dentro de pouco tempo o estado deverá alcançar a auto-suficiência em açúcar. Atualmente Minas produz 60% da demanda interna.
Na última safra (2002/03) Minas registrou a maior moagem de cana de sua história, alcançando pela primeira vez a auto-suficiência na produçao de açúcar, embora grande parte tenha sido para a exportação.
A produção mineira tem crescido acima da média nacional. Em relação à safra anterior, a quantidade de cana moída na região Centro-Sul cresceu 10,55% enquanto Minas registrou um crescimento de 28,18%. A perspectiva para a próxima safra continua positiva. Minas deverá moer 18 milhões de t de cana, o que representará um acréscimo de 20%.
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