JornalCana

“O que falta é o setor acreditar e investir”

Ao menos na opinião do ex-diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Mapa — Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Caldas, o trabalho realizado pelo governo em 2013 em relação ao setor sucroenergético é satisfatório. Ele lembra que as medidas solicitadas no inicio do ano pelo segmento foram atendidas, estando à disposição para todo o mercado.

Confira a entrevista exclusiva com o representante:

JornalCana: Como o senhor avalia o trabalho do governo com relação ao setor sucroenergético em 2013?

Cid Caldas: Diria que excelente. Disponibilizamos R$ 2 bilhões para o financiamento de estoque, sendo que metade já foi usado pelo segmento por parte do BNDES, o restante, do Banco do Brasil, ainda esperamos pela divulgação dos resultados. Já o ProRenova, que foi colocado em operação no início do ano, disponibilizamos R$ 4 bilhões. A terceira questão era o retorno da mistura de 20 para 25% de etanol na gasolina, que também foi implementada. Com tudo isso, eu diria que, da parte do governo, implementamos o que foi solicitado.

E o setor, tem feito sua parte?

Vejo que só a renovação dos canaviais precisa evoluir, já que ainda há recursos disponíveis. Além do que, existem recursos no BNDES para instalação de novas unidades e upgrade das existentes a vontade. O que falta é o setor acreditar e investir.

O processo para conseguir estes financiamentos é burocrático? Existem usinas que não conseguem acessá-lo.

Não diria que o processo é burocrático. Existem usinas que estão com um nível de endividamento muito alto. O crédito está disponível para 400 usinas, se uma ou outra está em uma situação complicada, nem eu vou emprestar dinheiro. O sistema financeiro precisa de algumas garantias, então isso depende de unidade para unidade. É preciso ter crédito para obter o recurso, pois o sistema está rodando.

2014 será um ano eleitoral. O que podemos esperar? Qual o planejamento?

O fato de ser um ano eleitoral não muda nada para nós. Estamos trabalhando com mais uma parcela de R$ 4 bilhões para a renovação de canaviais e mais R$ 2 bilhões para financiamento de estoque. Se houver necessidade de recursos adicionais, vamos buscar.

Essas são as medidas para o próximo ano?

Foram elas que o setor pediu. A solicitação era de que esses dois programas tenham pelo menos cinco anos de duração, prazo para que o setor se rearranje.

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