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O que as usinas estão fazendo para conquistar canaviais 4.0

Companhias buscam mais produtividade das lavouras com o uso de tecnologia

O que as usinas estão fazendo para conquistar canaviais 4.0

Cana 4.0 – A Transformação Digital puxando a produtividade da Cana-de-Açúcar foi o tema do webinar desta terça-feira (6), durante a 2ª Maratona CANABIO e os participantes mostraram que a agricultura conectada vem proporcionando a evolução no campo, diminuindo os custos e triplicando a produtividade das lavouras.

Carlos Daniel Berro Filho, diretor agrícola da Biosev, detalhou o que estão fazendo para aumentar a produtividade agrícola na empresa, usando para isso, o monitoramento através de uma Central de Inteligência Agrícola (CIA). “O sistema garante a sinergia entre as unidades da Biosev e a informação em tempo real permite atuar antes que o problema se acumule”, disse o diretor.

Monitoramento feito na Biosev

De acordo com Berro Filho, a gestão de informações da CIA com as unidades está baseada em ferramentas de BI e de comunicação. Assim, a central encaminha informações diretamente para a operação das unidades, incluindo líderes, coordenadores, supervisores e gerentes agrícolas.

“Isso possibilita acompanhar os KPIs nas usinas de forma global em tempo hábil e munir as unidades com uma visão macro de suas operações agrícolas, além disso, o sistema é capacitado para prever possíveis erros de processo através de indicadores preditivos”, explicou.

Imagens de satélite geradas pela plataforma

Gustavo Abrão, RTV Especialista Climate FieldView, mostrou como a Climate FieldView™, plataforma digital, que fornece dados para os produtores gerenciarem melhor suas propriedades, aumentando a rentabilidade de seus talhões, vem ajudando usinas e produtores de cana.

Segundo Abrão, a ferramenta possibilita ver todos os mapas digitais de uma área integrados em um único lugar, gerando automaticamente mapas de plantio, colheita e pulverização, a cada cinco dias e que podem ser comparados a um banco de dados com imagens de satélite de três anos. “Os detalhes que as imagens digitais trazem representam, realmente, a virada do jogo para manter a produtividade e redução de custo no campo”, afirmou.

A empresa já possui quase 4 milhões de hectares mapeados e tem como clientes 85 usinas, entre outras companhias em outros setores, como grãos.

Projeto Cubo da Atvos

A Atvos é um dos grupos que faz uso da Climate FieldView e monitora 600 mil hectares em áreas próprias e de fornecedores. “A ferramenta é usada em diferentes situações, por exemplo, para fazer estimativas, verificar anomalias e outros acompanhamento pontuais”, contou Rogério do Nascimento, gerente de Tecnologia Agrícola da Atvos, no webinar.

Além disso, a companhia faz uso ainda do Cubo, um projeto já implantado em duas unidades e que será expandido para as outras seis unidades do grupo. Trata-se de uma torre de controle, localizada em Campinas (SP), que faz a gestão integrada e processos padronizados possibilitando a melhor integração entre a área agrícola e industrial, assim coimo, a redução de custos e das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Saulo Delgado, gerente Corporativo de Planejamento Agrícola e Geotecnologia da BP Bunge Bioenergia, falou sobre algumas tecnologias já consolidadas no processo de produção da empresa. Entre elas, citou o projeto de conservação de solo usando modelos digitais de terreno; piloto automático em plantio e colheita; monitoramento do canavial por satélite e VANT e monitoramento de incêndios por satélite e câmeras em tempo real e automação de caminhões de combate a incêndio​. “O grupo tem reduzido cerca de 70% de custos com prevenção e aumentado em 20% a eficiência no combate a incêndios”, contou.

Veja o webinar completo: