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“O Brasil precisa divulgar as coisas fantásticas que faz”, diz Rubens Ometto

Empresário afirma que é preciso evitar ciladas que visam denegrir produtos brasileiros

Ometto: é preciso mudar a imagem que pintam do Brasil hoje

O empresário Rubens Ometto, fundador da Cosan, afirmou que a pressão ambiental sobre o Brasil, intensificada nos últimos tempos, visa atrapalhar os acordos que o país tem feito para taxar produtos brasileiros.

“O Brasil não pode cair em provocações deliberadas contra nós, atacando a Amazônia. Vejo isso com o objetivo de diminuir a competitividade brasileira sobretudo no agronegócio e na parte de mineração. Com a eficiência e os investimentos que têm sido feitos, não tenho dúvidas de que vamos dominar o mundo”, afirmou o executivo à Folha de São Paulo.

Para Ometto, é nítida a impressão de que “querem arrumar uma maneira de melar os acordos que o Brasil está fazendo, como o Mercosul-União Europeia”.

Ele ressalta que é preciso arrumar uma maneira de taxar o produto brasileiro e que a Amazônia tem que ser bem tratada, impedindo queimadas ilegais, além de ter uma mineração organizada.

“É preciso arrumar emprego, ocupação e fonte de renda para quem mora lá. Tem terra suficiente para abastecer o mundo sem tirar uma planta da Amazônia”, disse.

Assim, é preciso mudar o enfoque em relação ao assunto, para não cair em armadilha.

“No fundo caímos numa provocação. Temos que montar uma campanha institucional mostrando para o mundo tudo de bom que temos e o que podemos fazer, no aspecto da cultura, da sustentabilidade. É preciso mudar a imagem que pintam do Brasil hoje”, argumentou.

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O empresário comentou ainda que já falou sobre a campanha com o presidente Jair Bolsonaro e que percebe, por parte do governo, preocupação de melhorar a imagem e de fazer ações mais racionais.

“Não tenho ambição política, mas, se eu fosse ministro, saberia o que fazer. O Brasil precisa divulgar as coisas fantásticas que faz. Como as energias limpas eólica, solar e etanol. Temos o etanol de segunda geração, feito com bagaço, termelétrica do bagaço e gás da vinhaça”, disse.

Ometto afirmou ainda que os fundos de investimento não querem aplicar em países que não têm uma política ambiental saudável. “A Amazônia é o grande alvo deles. Os estrangeiros misturam boa intenção com o objetivo de denegrir nossos produtos”, analisou.

Ele lembrou que o Brasil tem uma lei florestal muito bem feita e é um dos únicos países que têm mata ciliar protegida. “Com pequenos ajustes e determinação, vamos nos tornar os queridinhos no mundo”, concluiu.

 

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