Nutrição de cana-de-açúcar com adubação foliar

Um correto programa de nutrição de qualquer cultura deve levar em consideração parâmetros técnicos para uma correta recomendação de adubação. As análises de solo e tecido vegetal, histórico da área de cultivo, índices críticos para solo e tecido vegetal, valores de extração e exportação de cada nutriente podem ser citados como alguns desses parâmetros e devem ser levados em consideração para diminuir a influência do fator fertilidade/nutrição na produtividade da lavoura.

Consistindo de uma tecnologia de baixo custo e que até alguns anos atrás era desacreditada a adubação foliar em cana-de-açúcar em complemento a adubação de solo mostra-se como uma alternativa para ganhos em produtividade no campo e na indústria do setor sucroalcooleiro. A proposta da técnica não é de substituir as práticas comuns de adubação por via solo, e sim contribuir para a correção e/ou prevenção de deficiências, principalmente, de micronutrientes. A disponibilidade desses elementos, principalmente, cobre, zinco, manganês e ferro, sofrem grande influência do pH do solo considerando valores na faixa de 5,5 a 6,5 onde a maioria das usinas e produtores costumam ou tentam trabalhar para a cultura da cana-de-açúcar.

Seguindo a “lei dos mínimos” os micronutrientes são tão necessários quanto os macronutrientes para que a cultura complete seu ciclo, e este fator às vezes é esquecido e esses elementos deixam de fazer parte do programa de adubação. Quando se alia a esse fator, deficiências naturais desses elementos nas áreas de cultivo, a produtividade é limitada.

Embasada em parâmetros técnicos citados anteriormente, trabalhando em cima das deficiências, o advento da adubação foliar em cana-de-açúcar tem proporcionado ganhos de até 38% na produtividade (toneladas de colmo/ha), de até 39% na produção açúcar (toneladas de açúcar/ha) e de até 11,6% na produção de álcool (litros/ha).

Breno Siqueira é engenheiro agrônomo e supervisor técnico da UBYFOL® – breno_siqueira@ig.com.br.