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Número de fusões e aquisições recua 29%, diz PwC

pRelatório da PwC Brasil revela queda de 29% no número de fusões e aquisições realizadas no Brasil no primeiro semestre de 2016, ante mesmo período do ano passado.

Em 2016, foram concretizadas 287 negociações contra 406 em 2015. Os dados mostram que o mercado voltou aos mesmos patamares de 2009, período de crise econômica, com 258 negócios no primeiro semestre, informa a consultoria.

Em junho de 2016, foram realizadas 43 transações, volume 40% inferior se comparado ao mesmo período do ano passado (72 transações). Já maio segue como o período com o pior desempenho do ano, com 41 negócios realizados.

‘Insegurança’

Para o sócio da PwC, Rogério Gollo, a queda apresentada no primeiro semestre é fruto da insegurança em relação à crise política no país e ao rumo da economia brasileira.

Apesar do decréscimo nas transações do mercado, Gollo acredita que negociações que estavam engavetadas estão sendo retomadas. “A expectativa é que muitos acordos sejam concretizados nos próximos meses, fazendo com que o mercado atinja os mesmos patamares de 2015, em que foram realizados 742 negócios”, declara ele, em relato à imprensa.

O relatório da consultoria ainda revela que a região Sudeste do Brasil continua com a preferência dos investidores, com 64% dos negócios realizados (183 transações no primeiro semestre). O número de fusões e aquisições apresentado no Sudeste também teve queda em relação ao mesmo período de 2015, com redução de 39% (299 transações). A região Sul é a segunda do relatório de fusões e aquisições, onde foram realizadas 42 negociações.

SP na liderança

O Estado de São Paulo prossegue na liderança, com 48% do total dos negócios realizados neste ano: 139 transações, sendo 113 na capital e 26 no interior. Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de transações e 8% dos negócios realizados.

O setor de Tecnologia da Informação segue como o preferido pelos investidores, com 19% dos negócios realizados neste ano. Esse cenário de liderança do mercado de TI está ativo desde janeiro de 2014. Foram realizados 54 negócios neste ano, número inferior ao apresentado em 2015 (70 transações). Os setores de Serviços Auxiliares (32 transações e 11% do total) e o Financeiro (26 transações e 9% do total) figuram no segundo e terceiro lugares, respectivamente, nas preferências dos investidores.

Pela quarta vez em 2016, os investidores nacionais foram os que mais realizaram negócios de fusões e aquisições no país. Com 53% de participação nas transações concretizadas no primeiro semestre de 2016, os investimentos de origem nacional, com 141 negócios, se consolidaram à frente dos investidores estrangeiros, que apresentaram 123 transações até junho.

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Destaques do primeiro semestre

Entre as transações de destaque do primeiro semestre deste ano estão:

TI – O grupo Naspers realizou um aporte no valor de USD 40 milhões na Movile, empresa de soluções mobile;

A Cemig Telecom realizou uma compra de participação minoritária pelo valor de R$ 34 milhões na Ativas Data Center.

Serviços auxiliares – A empresa catarinense Selbetti, de gestão de documentos, realizou aquisição da carteira de contratos de outsourcing da Premier IT;

A Quirius, empresa de consultoria e softwares de governança e compliance fiscal, realizou uma fusão com o grupo Engenho.

Financeiro – A corretora e administradora de benefícios IT’sSeg realizou a aquisição da seguradora brasileira PMR Seguros;

A companhia francesa CNP Assurances realizou a aquisição de 51% nas companhias brasileiras Pan Seguros e na Pan Corretora, anteriormente da BTG Pactual, pelo valor de R$ 700 milhões.

Varejo – A companhia varejista Super Andreazza realizou a aquisição da companhia do mesmo setor, a rede de varejo Vantajão;

O grupo Netshoes realizou a aquisição da varejista de calçados Shoestock, localizada em São Paulo.

Químico – A Stoller do Brasil, do setor de soluções para o agronegócio, realizou a aquisição da empresa Rizoflora Biotecnologia do mesmo segmento no agronegócio;

A Sumitomo Corporation realizou a compra de 20% da empresa Cosan Biomassas, sem valores anunciados.

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