JornalCana

Novos equipamentos e fábricas para suprir o setor

Um grupo de investidores da área de informática, visando diversificar os negócios e aproveitar o boom do etanol, resolveu abrir uma empresa para atuar no setor. A Star Máquinas, nascida em 2003, começou a desenvolver uma colheitadeira de cana-de-açúcar especificamente após o terceiro ano de colheita. Após as duas primeiras colheitas, a lavoura começa a ficar menos densa e o custo operacional para colher a cana aumenta. Segundo o fabricante, a idéia da Star é oferecer aos produtores uma máquina que garanta melhor custo-benefício. Testes já realizados mostram que a colhei-tadeira tem consumo médio de 27 litros de combustível por hora, ante até 40 litros das máquinas convencionais. A da Star colhe 35 toneladas por hora ante 45 toneladas das já existentes no mercado. “A convencional colhe mais cana, mas gasta mais com diesel que a nossa”, diz o gerente de negócios da Star, Roberto Gritti.

Atualmente, há três indústrias que produzem colheitadeiras e atuam no Brasil: as multinacionais Case IH e John Deere e a brasileira Santal. Segundo o diretor administrativo da Star, Célio Song, nenhuma delas produz máquina semelhante. Para os potenciais clientes comprarem as colheitadeiras, a Star fornece a máquina, operador e mecânico para testes de colheitas reais por uma safra. Song afirma que o custo de manutenção também é mais baixo, cerca de 50% inferior ao convencional. Além de menores, os componentes são mais simples.

Para acompanhar a expansão, a empresa de ferramentas Duraface, com 15 anos, está construindo uma nova fábrica para fornecer às usinas facas para colheitadeiras de cana. O faturamento anual da Duraface atingiu R$ 45 milhões em 2007, com a produção de 1,3 milhão de facas que foram usadas para a colheita de 200 milhões de toneladas de cana.

O diretor da empresa, João Zangrandi, aposta que essa receita vai dobrar em 2008 pelo aumento da mecanização da colheita e a possibilidade de vender as peças para o exterior. A Duraface já vende para Argentina, Austrália, Estados Unidos e México. “Há planos para exportar para a Colômbia e Cuba, onde a mecanização é precária, com máquinas velhas”, diz. Mas não se deve esperar muito da exportação. As terras cultiváveis fora do Brasil são limitadas.

Nova fábrica – Nos últimos dois anos, a Duraface investiu R$ 2 milhões na aquisição de equipamentos para expandir a capacidade produtiva da fábrica em Araras. A projeção de Zangrandi é de fabricar 2 milhões de facas em 2008 nessa unidade. O número é o máximo que a fábrica poderá produzir. Segundo o diretor da empresa, essa capacidade não será suficiente para atender às encomendas futuras. Por isso, uma nova fábrica, que poderá produzir 2,3 milhões de facas, e dobrará a capacidade atual da empresa, começará a funcionar no início do próximo ano na região de Araçatuba.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram